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Joana Pinto Balsemão

Joana Pinto Balsemão

Vereadora da Câmara Municipal de Cascais

Em Cascais estamos determinados a não deixar que esta pandemia mude a nossa natureza pluralista e tolerante.

Muito obrigada. Começo por saudar o Sr. Presidente da Repú- blica e cumprimentar todos os que aqui estão, em especial os alunos.

Estou aqui em representação do Presidente da Câmara de Cascais que, pela primeira vez em 10 anos, não pode estar presente nesta Sessão. Este é um sinal dos tempos estranhos e exigentes em que vivemos. Os governantes locais e centrais estão constantemente a ser requeridos, perante novas exigências e assuntos complexos. Este encontro, realizado nestas condições, é na verdade uma prova disto mesmo. Mudámos a maneira como aprendemos e a maneira como ensinamos, mudámos a maneira como trabalhamos, a maneira como consumimos. Mudamos até a maneira como interagimos com amigos e com família. Esta pandemia tem mudado muitas coisas.

Isabel Capeloa Gil

Isabel Capeloa Gil

Reitora da Universidade Católica Portuguesa

O Estoril Political Forum transformou contingência em oportunidade e esta será certamente uma lição para o futuro.

Sua Excelência Sr. Presidente da República, Sr. Professor Marcelo Rebelo de Sousa, Senhora Vereadora, Sr. Director do IEP Sr. Professor João Carlos Espada, Senhores Professores, Caros estudantes, Minhas senhoras e meus senhores, Todos aqueles que nos vêem por via remota,

Começo por saudar o Sr. Presidente da República e cumprimentar todos os que aqui estão, em especial os alunos.

Começo por cumprimentar sua Excelência, Sr. Presidente da República, e agradecer a honra e o privilégio da sua presença neste acto de abertura do Estoril Political Forum, uma iniciativa do Instituto de Estudos Políticos, e dizer que é para nós uma enorme honra ter o seu Alto Patrocínio e a generosidade com que sempre aceita os convites da Universidade.

José Manuel Durão Barroso

José Manuel Durão Barroso

Antigo presidente da Comissão Europeia, Director do Centro de Estudos Europeus do IEP-UCP, Conselho Editorial Nova Cidadania

TRANSCRIÇÃO Miguel Paim TRADUCÃO Maria Cortesão Monteiro

Muit o obrigado, Dr. Hartmut Mayer. Obrigado pelas palavras tão gentis. Agradeço também aos nossos anfitriões, nomeadamente ao meu bom amigo António Monteiro e também a Rita Seabra Brito.

É um prazer estar convosco e com os meus colegas de painel, Wilhelm Hofmeister e Carl Gershman, ainda que de forma virtual. Gostaria de aproveitar a ocasião para enviar uma palavra de agradecimento e parabéns ao Professor João Carlos Espada, director do nosso Instituto de Estudos Políticos, bem como a todos os colaboradores e docentes, que tanto trabalharam para que o Forum deste ano se concretizasse. É um prazer e uma honra participar mais uma vez num fórum político tão importante e com tantos alunos que nos acompanham por vídeo.

O tópico União Europeia, Aliança Atlântica e Democracia Liberal é complicado. É um daqueles tópicos em que precisamos de perceber as complexidades da política. É por definição um tópico extremamente político, especialmente de política internacional e pressupõe questões que têm a ver com o cerne da soberania, mas também questões que vão além dos regimes políticos, de segurança e defesa. É também uma matéria em que por vezes é difícil encontrar um equilíbrio, do ponto de vista político, entre interesses e valores. Porque, sejamos francos, no mundo da política é impossível evitar a questão dos interesses, mesmo quando há um compromisso com alguns interesses básicos fundamentais.

Carl Gershman

Carl Gershman

Presidente e fundador, National Endowment for Democracy, Washington DC

TRADUÇÃO Jorge Miguel Teixeira

A democracia está a ser desafiada hoje como nunca o foi desde o fim da Guerra Fria – desde, na realidade, o período que Samuel Huntington havia chamado de ‘’segunda onda reversiva’’ nos anos 60 que acabaram, na sua opinião, com o fim da ditadura militar em Portugal a 25 de abril de 1974. Esse evento iniciou aquilo que Huntington chamou de terceira onda de democratização, que levou à maior expansão da democracia na história mundial. O número de países livres aumentou de 52 para 88, e o número total de democracias eleitorais aumentou para 125. Em 2005, quase dois terços dos países do mundo se tinham tornado democráticos.

A reversão deste progresso começou em 2006, e desde então que os direitos políticos e civis têm-se reduzido globalmente durante 14 anos consecutivos, como notado pela Freedom House. Um novo estudo de Larry Diamond enfatiza que 19 das 29 democracias mais populosas e geograficamente importantes experienciaram declínios substantivos da liberdade entre 2005 e 2019, enquanto que apenas duas melhoraram. Muitos destes estados, nota, mantêm-se democráticos mas continuam a deteriorar em qualidade, incluindo as quatro maiores democracias do mundo – os Estados Unidos, a Índia, a Indonésia e o Brazil, a par com a Polónia, que é a maior democracia da Europa Central. Diamond também regista que entre os 20 países que passaram por protestos políticos em massa, ou as chamas ‘’revoluções coloridas’’ desde a Revolução Verde no Irão em 2009, apenas duas resultaram em transições democráti- cas, e mesmo estas transições – na Tunísia e na Ucrânia – são muito frágeis e incertas.

David Diniz

David Diniz

Director-Adjunto do Jornal Expresso; Doutorando IEP-UCP.

Em dezembro, a NATO comemorou 70 anos de construção da paz, estabilidade e prosperidade dos dois lados do Atlântico, mas as fraturas internas estão a aprofundar-se, levantando sérias dúvidas de que atinja o seu 75o aniversário.

1. A nova desordem global “A NATO pode ser a ‘mais bem sucedida aliança da história’ - como alega o seu secretário-geral, Jens Stoltenberg - mas também pode estar à beira do fracasso. Em dezembro, a NATO comemorou 70 anos de construção da paz, estabilidade e prosperidade dos dois lados do Atlântico, mas as fraturas internas estão a aprofundar-se, levantando sérias dúvidas de que atinja o seu 75o aniversário”. O alerta da antiga ministra dos Negócios Estrangeiros de Espanha, Ana Palacio, parecerá dramático, mas é a apenas o último de muitos: desde a última cimeira da Aliança que ecoa entre os aliados o grito de Emanuel Macron, o Presidente francês em funções, numa entrevista à Economist, declarando a NATO “estrategicamente em morte cerebral”.

Talvez seja ainda cedo para citar Mark Twain. Esta é a Aliança que já tremeu, por exemplo, na crise do Suez, que se dividiu sobre a intervenção no Iraque do início do milénio, a mesma que passou por uma indefinição estratégica após a queda do Muro de Berlim.

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