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A União Europeia, a Aliança Atlântica e a Democracia Liberal

Carl Gershman

Carl Gershman

Presidente e fundador, National Endowment for Democracy, Washington DC

TRADUÇÃO Jorge Miguel Teixeira

A democracia está a ser desafiada hoje como nunca o foi desde o fim da Guerra Fria – desde, na realidade, o período que Samuel Huntington havia chamado de ‘’segunda onda reversiva’’ nos anos 60 que acabaram, na sua opinião, com o fim da ditadura militar em Portugal a 25 de abril de 1974. Esse evento iniciou aquilo que Huntington chamou de terceira onda de democratização, que levou à maior expansão da democracia na história mundial. O número de países livres aumentou de 52 para 88, e o número total de democracias eleitorais aumentou para 125. Em 2005, quase dois terços dos países do mundo se tinham tornado democráticos.

A reversão deste progresso começou em 2006, e desde então que os direitos políticos e civis têm-se reduzido globalmente durante 14 anos consecutivos, como notado pela Freedom House. Um novo estudo de Larry Diamond enfatiza que 19 das 29 democracias mais populosas e geograficamente importantes experienciaram declínios substantivos da liberdade entre 2005 e 2019, enquanto que apenas duas melhoraram. Muitos destes estados, nota, mantêm-se democráticos mas continuam a deteriorar em qualidade, incluindo as quatro maiores democracias do mundo – os Estados Unidos, a Índia, a Indonésia e o Brazil, a par com a Polónia, que é a maior democracia da Europa Central. Diamond também regista que entre os 20 países que passaram por protestos políticos em massa, ou as chamas ‘’revoluções coloridas’’ desde a Revolução Verde no Irão em 2009, apenas duas resultaram em transições democráti- cas, e mesmo estas transições – na Tunísia e na Ucrânia – são muito frágeis e incertas.

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