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No final da sua alocução Bento XVI encontra uma síntese harmónica, numa construção muito bela em que falam em uníssono o universitário e o pontífice. De facto, para ele, se a razão se torna surda à mensagem da fé cristã e à sua sabedoria, “perde a coragem pela verdade”.

Para o Cardeal Ratzinger não se pode falar na Europa como uma noção geográfica, porque se trata de um “conceito cultural e histórico”. Na sua narrativa, um exemplo de erudição que parte de Heródoto para chegar a Arnold Toynbee, a história da Europa é uma sucessão de rupturas políticas, religiosas e institucionais.

Que pode e deve o Papa dizer à Universidade? Foi essa a pergunta que ele próprio se pôs e a que respondeu no discurso que não chegou a proferir na Universidade de Roma La Sapienza, a 17 de Janeiro de 2008.

Para Bento XVI, a Europa é um continente que se situa numa encruzilhada de civilizações, culturas e projectos políticos – mas também é um ponto de encontro de religiões, onde se sente a influência de Jerusalém, Atenas, Roma, Bizâncio e do Mediterrâneo.

Não é por acaso que o actual Papa escolheu o nome Bento XVI. Tem entre as suas maiores preocupações ajudar a Europa a reencontrar as suas raízes e a sua identidade.

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