Aquando da sua criação, em 1945, e até ao final da guerra fria, a rivalidade entre os Estados Unidos e a União Soviética foi determinante na seleção dos vários secretários-gerais da ONU.
Um processo
complexo
Dia 5 de Outubro
de 2016, dia histórico
para Portugal.
Em corropio, o
presidente Marcelo
Rebelo de Sousa e primeiro-ministro António
Costa, de agenda preenchida, celebram
o dia que implantou a República em
Portugal. No Palácio das Necessidades, o
Embaixador Freitas Ferraz e o Engenheiro
António Guterres assistem à transmissão
web das Nações Unidas, ao anúncio dos
representantes dos países do Conselho de
Segurança: estes recomendam à Assembleia
Geral o próprio Guterres como candidato
a secretário-geral da organização
mundial. Dos vários candidatos, foi o único
capaz de reunir mais de 9 votos de encorajamento
e de não receber nenhum veto.
Tratou-se de uma longa e complexa corrida, com várias etapas e sucessivas eliminatórias. As mais determinantes ocorrem no seio do Conselho de Segurança, o órgão politicamente mais poderoso da ONU, composto por 15 membros, entre os quais se destacam os 5 membros com assento permanente: os Estados Unidos, a Rússia, a China, o Reino Unido e a França (os P5). Para apurar o candidato a recomendar, aquele órgão conduz uma série de votações informais (straw polls), até que, durante a quinta ronda, o voto de “desencorajamento” dos P5 se traduzirá no veto efetivo de candidatos. Uma vez encontrado o candidato a recomendar, é aprovada uma resolução que o indica à Assembleia Geral como reunindo as condições para se tornar no próximo secretário-geral da organização. Nesse início de Outubro é Vitaly Churkin, o representante permanente da Rússia que nesse mês preside ao Conselho de Segurança, que anuncia ao mundo o nome de António Guterres.
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