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Por Onde Irá a História?


Capa do livro Por onde irá a História

«An analyst thinks about what is not being said but what is obvious. An analyst works inside the silences.» Robert D. Kaplan, “Earning the Rockies. How Geography Shapes America’s Role in the World” (2017)

Por onde irá a História Miguel Monjardino
Clube do Autor, 2023

Miguel Monjardino

Miguel Monjardino

Professor Catedrático e antigo Reitor (2000-2012) da Universidade Católica Portuguesa. Membro do Conselho Editorial de Nova Cidadania

Na madrugada do dia 24 de Fevereiro de 2022, Vladimir Putin, Presidente da Rússia, fez uma comunicação ao seu país. «Decidi levar a cabo uma operação militar especial», afirmou ele. «O seu objectivo é proteger a população [ucraniana] que tem sido submetida a ameaças e a genocídio. Para tal faremos esforços para conseguir a desmilitarização e a desnazificação da Ucrânia.» A «operação militar especial» foi uma forma de esconder da sociedade russa o início de uma verdadeira guerra que Putin esperava ser muito rápida. A palavra «desnazificação» foi escolhida por Putin pela sua associação histórica e emocional à luta contra a Alemanha nazi na Segunda Guerra Mundial. Todavia, no caso da Ucrânia, esta palavra tem um significado mais vasto e importante para o líder da Rússia. O «nazismo» ucraniano não era apenas motivado pela ficção de um pretenso anti semitismo da liderança ucraniana, mas também pelos seus sentimentos hostis em relação à Rússia. Tal justificava a «desmilitarização» da Ucrânia, ou seja, a destruição das suas forças armadas e do seu equipamento militar.

Por Onde Irá a História?Em Fevereiro de 2022, a maioria dos governos europeus e a administração Biden duvidavam abertamente da capacidade de Kyiv de resistir por muitos dias a uma ofensiva militar russa. Um mês antes do início da guerra, Christine Lambrecht, ministra da Defesa do novo Governo da Alemanha, explicou que a transferência de armamento alemão para a Ucrânia agravaria a crise com a Rússia. Na altura, o Chanceler Olaf Scholz explicou que o seu governo não apoiava a exportação de armas letais para a Ucrânia. Berlim disponibilizou então cinco mil capacetes para as unidades ucranianas. Num ensaio na revista norte americana Foreign Policy, Samuel Charap e Scott Boston, cientistas políticos na Rand Corporation, defenderam que a administração Biden não devia fornecer armamento a Kyiv.* Por um lado, este armamento não dissuadiria Vladimir Putin de atacar a Ucrânia. Por outro, a superioridade militar russa em termos de equipamento, tecnologia, geografia e recursos era tão grande que qualquer ajuda norte americana seria irrelevante para Kyiv no caso de um ataque do Kremlin. Nessa situação, o destino da Ucrânia era o colapso.

No dia da invasão russa da Ucrânia, Christian Lindner, ministro das Finanças da Alemanha, disse a Andrij Melnyk, embaixador da Ucrânia em Berlim, que Kyiv cairia no dia seguinte. O Governo alemão não podia fazer nada para ajudar os ucranianos. Melnyk tentou argumentar contra esta avaliação e depois chorou. «Senti mos que a ordem do mundo estava a entrar em colapso», disse mais tarde Ruslan Stefanchuk, presidente do Parlamento ucraniano. Nesse dia, quando a noite caiu em Kyiv, membros dos ser viços secretos e de unidades de operações especiais russas tentaram assaltar as instalações governamentais onde estava Volodymyr Zelensky, Presidente da Ucrânia. Num ambiente completamente caótico, os seguranças deram armas e coletes de protecção a Zelensky e aos seus assessores. A maior parte deles nunca tinha pegado numa arma na vida.*

Tudo o que lemos e vemos hoje sugere que há um antes e um depois de 24 de Fevereiro. Provavelmente

Washington terá mesmo sugerido ao Presidente Volodymyr Zelensky a possibilidade de abandonar a capital ucraniana para impedir a sua captura pelos serviços secretos e pelas forças especiais russas, e iniciar os preparativos para uma guerra de guerrilha contra Moscovo a partir do oeste do território ucraniano. Zelensky recusou. De acordo com um alto funcionário norte americano citado pela Associated Press, o Presidente ucraniano terá afirmado: «O combate é aqui. Preciso de munições, e não de uma boleia.»** A frase é provavelmente demasiado boa para ser total mente verdadeira, mas ficará para a história como um exemplo de coragem e de retórica política em circunstâncias dramáticas.

Por Onde Irá a História?Uma das nossas ilusões desde o final da Guerra Fria em 1989 e o colapso da União Soviética em 1991 foi acreditar que o futuro das democracias liberais estava assegurado e que a rivalidade entre as grandes potências era mesmo uma coisa do passado. Muitos, com importantes responsabilidades políticas na Europa, também acreditaram que a guerra tinha deixado de ser possível no Velho Continente. A história tinha uma direcção e estava do nosso lado. Sabíamos para onde ia. No dia 24 de Fevereiro, Putin pôs fim a todas estas ilusões e relembrou nos que a violência continua a fazer parte da política internacional e que a rivalidade política e militar entre a Rússia, os países europeus e os Estados Unidos permanece e definirá as próximas décadas. O mesmo acontecerá no golfo Pérsico e na Ásia com a China. Nesse dia, as nossas perplexidades sobre a política internacional aumentaram. O que está a acontecer? Porquê? O que significará tudo isto para nós? Este livro é uma tentativa de dar uma primeira resposta a estas perguntas.

No final de Fevereiro de 2022, numa sessão especial do Parlamento da Alemanha, Olaf Scholz afirmou que a invasão da Ucrânia pela Rússia assinalava a mudança de uma era a nível internacional. Tudo o que lemos e vemos hoje sugere que há um antes e um depois de 24 de Fevereiro. Provavelmente. Todavia, dissemos o mesmo quando a pandemia da Covid 19 começou, quando o Reino Unido votou a favor da saída da União Europeia e quando Donald Trump ganhou as eleições nos Estados Unidos, em 2016. O mesmo aconteceu quando os refugiados e os migrantes chegaram à Europa em 2015 e a Rússia invadiu e anexou a Crimeia em 2014. E também dissemos o mesmo quando o preço do barril de petróleo Brent chegou aos 145 dólares em Julho de 2008 e a Grande Recessão começou nos Estados Unidos alguns meses depois. Ao longo dos últimos quinze anos, a sensação de estarmos a perder a capacidade de compreender e, de certa forma, controlar os acontecimentos tem vindo sempre a aumentar. Três razões explicam a nossa crescente perplexidade e a ansiedade com o rumo dos acontecimentos.

A primeira é o nosso campo de visão em termos históricos. À medida que entrámos no século xxi, fomos perdendo a capacidade de ter em conta uma série de acontecimentos ao longo de várias décadas ou séculos. Sofremos de «presentismo». O melhor que conseguimos fazer é olhar para o presente e imaginar o futuro determinado apenas por um único facto histórico. A segunda razão é a relutância em aceitarmos que as mudanças paradigmáticas ao nível da ciência, tecnologia, indústria, energia e finanças têm sempre profundas consequências políticas. Por fim, a digitalização da informação talvez esteja a ter um resultado paradoxal. À medida que temos cada vez mais informação, o nosso conheci mento diminui. Todos os dias mergulhamos num oceano de notícias, lemos muito e cada vez mais depressa nos nossos telemóveis, mas sabemos cada vez menos. A digitalização parece ter diminuído a nossa capacidade de avaliar os factos. A necessidade de ter uma visão abrangente e contextualizada dos acontecimentos políticos levou me a desenvolver um sistema de análise pessoal para os interpretar.

A regra de Heródoto diz que a geografia, a cultura e a história de um país ou território continuam a ser essenciais na análise política

A minha área académica no Instituto de Estudos Políticos, na Universidade Católica Portuguesa, são os Estudos Estratégicos. Aqui estudamos a interacção entre a política e a economia internacional, o poder militar e a estratégia. Os anos que passei nas universidades de Reading e Birmingham (Inglaterra) e em Maryland (Estados Unidos) forneceram me a arquitectura intelectual e conceptual para começar a construir este sistema de análise à volta das relações internacionais, história, literatura, geografia e do comportamento das lideranças políticas. A Física e a Matemática com os seus conceitos de turbulência, entropia, ponto de inflexão, erosão, catalisador e complexidade foram me particularmente úteis. A separação rígida que continuamos a fazer em Portugal entre Humanidades e Ciências não me parece fazer sentido. Hoje, vejo me mais como um generalista integrador de conhecimentos de áreas diferentes do que um especialista académico.* Todavia, o meu ponto de partida para a exploração do presente e dos possíveis futuros continua a ser o passado histórico. Este sentido de história parece me ser uma predisposição intelectual essencial para compreendermos o presente e conjecturarmos sobre possíveis futuros.

Por Onde Irá a História?Com os anos, desenvolvi quatro regras para avaliar os factos que me interessam. A regra de Heródoto diz que a geografia, a cultura e a história de um país ou território continuam a ser essenciais na análise política. As sociedades tendem a evoluir de uma forma lenta. Tucídides foi um general ateniense que escreveu a História da Guerra do Peloponeso no final do século v a. C. As constantes referências ao seu nome que vamos encontrando em jornais, revistas e em livros, como Destined for War: Can America and China Escape Thucydides Trap? de Graham Allison, são um forte indício de que está em curso um processo de alteração da distribuição do poder ao nível internacional. Mais cedo ou mais tarde, este tipo de mudança terá necessariamente consequências económicas, militares e políticas. Políbio nasceu na Arcádia, no Sul da Grécia, foi diplomata e militar e desempenhou um papel importante na Liga Aqueia e na defesa da sua região no meio do conflito entre Roma e a Macedónia. Deportado para Roma, escreveu sobre a história da república imperial romana, o seu sistema constitucional e a Segunda Guerra Púnica entre 218 e 201 a. C.

A regra de Tucídides Políbio sugere que a principal ameaça à sobrevivência de uma democracia liberal é sempre interna. Por vezes, as sociedades fazem escolhas e tomam decisões absoluta mente catastróficas. Por isso, a qualidade das instituições, das lideranças políticas e da sociedade é muito importante. Esta é a primeira «armadilha de Tucídides», que raramente é referida hoje em dia. Demagogos talentosos e ambiciosos, que fazem parte do grupo a que Abraham Lincoln chamou a «família do leão ou a tribo das águias», sempre foram uma ameaça às sociedades que ambicionam continuar a ser livres.*

A regra Stendhal Tolstoi diz nos que é extremamente difícil avaliarmos correctamente o verdadeiro significado dos aconteci mentos no momento em que têm lugar. A literatura é essencial numa educação política. Sem isso não é possível ter imaginação estratégica. A Cartuxa de Parma e Guerra e Paz são livros que merecem várias expedições de leitura ao longo dos anos. Por fim, temos a regra Donald Trump Vladimir Putin. Devemos suspeitar quando alguém afirma convictamente: «Isso não faz sentido nenhum!» Foi isso que a maioria das pessoas pensou em 2014 e 2022 quando Putin invadiu a Ucrânia e começou uma guerra. O mesmo aconteceu em 2015 e 2016 quando Trump se candidatou à presidência dos Estados Unidos da América. A sua vitória, disseram nos, era impossível. Os americanos nunca escolheriam para presidente um demagogo ignorante, com um péssimo temperamento, e sem a menor experiência de governo e de política internacional. Como veremos no capítulo 5, escolheram. Importa perceber porquê.

Muitas vezes, o que não faz sentido são as nossas ideias ou os quadros mentais que usamos para analisar os assuntos. Por isso mesmo é importante ler os jornais com atenção, reter as coisas que nos parecem não fazer muito sentido, mergulhar nas grandes obras da história e da cultura, olhar para os mapas, viajar e tentar perceber como as pessoas em geografias muito diferentes da nossa pensam e decidem politicamente.

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No início de 2022 tive a oportunidade de aplicar o sistema de análise que fui desenvolvendo ao longo dos anos na coluna «Guerra e Paz» no jornal Expresso. Em Janeiro, a pergunta mais importante era: «A Rússia invadirá a Ucrânia?» Como referi, o meu ponto de partida para explorar o que está para lá do horizonte é sempre o passado. Na tarde de 4 de Janeiro, regressei aos livros de história e de relações internacionais. Consultei Collapse: The Fall of the Soviet Union, de Vladislav Zubok, e Black Wind, White Snow: The Rise of Russia’s New Nationalism, de Charles Clover. A segunda parte do livro Force and Statecraft, de Gordon A. Craig e Alexander George, sobre o falhanço de uma série de campanhas da diplomacia coerciva no século xx, voltou a ser me muito útil. Tive também em conta a importância de variáveis como a percepção e o tempo no processo de escolha e decisão política no Kremlin. Por fim, relembrei que o orgulho, a raiva, o medo, o amor e a esperança foram sempre decisivos na política internacional. Homero, Tucídides e Robert Jervis, com o seu livro How Statesmen Think. The Psychology of International Politics, mostram nos como as emoções influenciam o processo de escolha dos governantes.

Por Onde Irá a HistóriaConcluí que, durante os últimos sete anos, Putin não tinha conseguido concretizar nenhum dos seus objectivos estratégicos na Ucrânia. Kyiv tinha sobrevivido ao choque de 2014 com a anexação da Crimeia e a ocupação de uma parte do Donbas pelas forças russas. Tinha também resistido a uma guerra de baixa intensidade orquestrada a partir de Moscovo. A coerção militar russa na Primavera de 2021 não parecia ter alterado o cálculo estratégico em Kyiv, nos países europeus e em Washington. A situação também não se tinha alterado quando Putin publicou, alguns meses depois, o ensaio «Sobre a Unidade Histórica de Russos e Ucranianos», onde tornou claro que não aceitava a existência da Ucrânia como um país independente, com uma língua, património cultural e história próprias. Esse ensaio tornou evidente que desde o colapso da União Soviética, em 1991, a Rússia convive com um grave problema de identidade nacional. Em Moscovo, Putin e os seus conselheiros provavelmente tinham concluído que, se não agissem rapidamente, a situação na Ucrânia e na Europa na próxima década seria ainda mais desfavorável aos seus interesses. Assim, era necessário agir preventivamente. A interpretação que Putin terá feito da variável tempo e a sua avaliação do risco político de uma invasão da Ucrânia é diferente da nossa. Na Europa falava se nos riscos de o Kremlin agir no início de 2022 e concluía se que a Rússia não invadiria novamente a Ucrânia. Em Moscovo, o risco era avaliado de outra forma: agir no curto prazo seria muito menos arriscado do que daqui a cinco ou dez anos. O meu ponto era de que o falhanço da coerção poderia obrigar Putin a ter de tomar a decisão de começar uma guerra para conquistar a Ucrânia e forçar os Estados Unidos e os países europeus a negociar com Moscovo uma nova ordem de segurança europeia que dividiria novamente o Velho Continente em esferas de influência. De acordo com este ponto de vista, a nova invasão da Ucrânia seria um risco calculado.

A coluna «Poder e ordem política na Europa» publicada na edição de 7 de Janeiro do Expresso começou por identificar a questão que me parecia ser mais importante. «A possibilidade de a Rússia invadir novamente a Ucrânia existe. Sejamos claros do ponto de vista estratégico: o que está verdadeiramente em causa não são apenas as escolhas geopolíticas da Ucrânia ou da NATO, mas sim o poder e a ordem política na Europa. Quem determina as regras de segurança e defesa no Velho Continente? Durante os últimos trinta anos, foram os EUA e os seus aliados europeus. Do ponto de vista de Moscovo, esta ordem não é legítima. Este é o verdadeiro problema.» No final, concluí que: «O momento é muito delicado do ponto de vista estratégico. (…) O Kremlin, todavia, quer mesmo um acordo que melhore a posição geoestratégica da Rússia na Europa. (…) Se tal não acontecer, a guerra é uma possibilidade para Putin. A alternativa poderá ser a falta da credibilidade da coerção russa no futuro.»* Oito semanas depois, a Rússia começou uma nova guerra contra a Ucrânia.

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Em 1830, o artista japonês Katsushika Hokusai (1760 1849) come çou a desenhar as «Trinta e Seis Vistas do Monte Fuji». A monta nha mais famosa do Japão, vista de várias direcções durante as estações do ano e em diferentes condições atmosféricas, está em todas estas gravuras. A mais famosa é sobre uma onda gigantesca no oceano turbulento que ameaça afundar os barcos e as tripulações a bordo. Ao fundo está o monte Fuji coberto de neve. Vista da direita para a esquerda, a imagem sugere que os barcos e a montanha poderão não resistir à energia da onda. Esta parece me ser uma boa imagem da época em que vivemos. Na física, a turbulência é um processo dinâmico e complexo no escoamento de líquidos e gases. Este é um fenómeno não linear, ou seja, os vários elementos do sistema interagem de uma forma caótica. Tal torna difícil prever o resultado final. Este é um conceito que podemos aplicar na análise da política internacional.

Estamos no meio da mudança de um sistema internacional que já entrou em processo de desequilíbrio

Por Onde Irá a História?Hoje, a turbulência revela se pela convicção de que estamos no meio de um oceano revolto, ou de uma ribeira que corre com um caudal excessivo para o mar. A tentação de atribuirmos esta situação a apenas um facto histórico é quase irresistível. Muitos decisores políticos explicam a subida da inflação, o aumento dos preços dos combustíveis e da electricidade com a guerra da Ucrânia. Na realidade, a subida dos preços e a turbulência resulta da convergência de uma série de factores: o custo político da globalização para importantes sectores sociais, a difusão do poder que resulta da integração comercial e da inovação tecnológica, o aquecimento global e a transição energética, a evolução demográfica, a pandemia da Covid 19, a política monetária dos principais bancos centrais e o endividamento privado e público, a invasão da Ucrânia pela Rússia e a dificuldade das democracias liberais e do capitalismo democrático em dar uma resposta satisfatória às necessidades e às expectativas da classe média. Na realidade, muitos destes factores tiveram início há mais de uma década.

Três décadas depois do final da Guerra Fria e da implosão da União Soviética, estamos no meio da mudança de um sistema internacional que já entrou em processo de desequilíbrio. Em Mos covo, Pequim e Teerão, os decisores políticos ambicionam alterar os sistemas regionais em que têm estado inseridos. A ordem internacional está em profunda mudança e na origem da Crise dos Trinta Anos. Simultaneamente, está em curso um processo a que podemos chamar a «Grande Convergência». As regras e os instrumentos disponíveis para os estados, empresas e actores não estatais estão a modificar se. Como chegámos aqui? Por onde irá a história agora? Este livro tem por objectivo dar uma primeira resposta a estas perguntas, ajudar nos a pensar sobre o momento histórico que vivemos e a propor um novo quadro de avaliação da política internacional e de Portugal no mundo.

“Por onde Irá a História?” reúne uma selecção de colunas escritas no jornal Expresso entre 2007 e 2022 e ligeiramente editadas. Esta é uma interpretação da nossa viagem numa série de áreas durante os últimos quinze anos. O livro está organizado de uma forma temática, e não cronológica. Os sete capítulos abordam alguns dos principais problemas da política internacional e os acontecimentos nos países mais influentes. Na Conclusão, regressaremos ao presente para as possíveis respostas à pergunta: «Por onde irá a História?»


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