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Guilherme d’Oliveira Martins

Guilherme d’Oliveira Martins

 

O centenário de Sophia de Mello Breyner Andresen é especial, muito para além de mera comemoração. O exemplo de cidadania, de talento, de ligação natural entre a ética e estética é fundamental. De facto, estamos perante uma personalidade extraordinária que é lembrada como referência única, como um exemplo que fica, que persiste.

Era a “pura liberdade” que lhe importava – e, por isso, temos de lembrar o “espaço de liberdade” que animou com Fran- cisco de Sousa Tavares e foi lugar de debate e de acolhimento de jovens intelectuais e artistas, que tomaram como referência a sua presença, a sua palavra e o seu gesto. “No Centro Nacional de Cultura (CNC) fiz de tudo” – dizia Sophia de Mello Breyner… E nesse tudo, estiveram os cargos estatutários, mas sobretudo tudo o que decorria de uma solidariedade saudável e comprometida. “Discuti, li versos, fiz limpezas quando faltava a mulher-a-dias, organizei festas de Carnaval com rissóis e bebidas, mascarei-me, dancei e – coisa que mais do que detesto – fiz conferências. Não havia dinheiro para nada e era tudo improvisado e cada um fazia o que podia, o que sabia ou o que era preciso. Era um tempo de fervor e de dedicação gratuita. A amizade era concreta. E acima de tudo discutia-se tudo: os sistemas políticos, os problemas sociais, os problemas religiosos, o Corbusier, a pintura moderna, o surrealismo, o Fernando Pessoa, a literatura portuguesa, a literatura brasileira, a literatura americana, a guerra de África. À discussão cada um trazia o que sabia e também o que era”…

Guilherme d’Oliveira Martins

Guilherme d’Oliveira Martins

 

Agustina foi sempre uma pessoa surpreendente. O seu sentido de humor, mas sobretudo o seu sentido crítico, eram únicos. Por isso admirava a alegria de Camilo – “uma alegria profunda, rasgada, furibunda que as inteligências estreitas não entendem”. Ligava, assim, permanentemente o pícaro e o trágico da vida.

E, como tantas vezes confessou, a perma- nente pesquisa sobre a humanidade encerrava a procura da culpa e da sua razão de ser. Tinha uma paixão especial por Dostoievski, não tanto para seguir os seus passos, mas por encontrar nele uma força original. Muitas vezes, fazia misturar a realidade com a ficção. Isso divertia-a intimamente. A vida, para si, era sonho e era drama. O célebre episódio do casamento com Alberto Luís, através de um anúncio de jornal, tem a ver com um cenário romanesco que quis inventar. E assim procurou forçar a realidade, como deus ex machina. Ao ouvi-la contar esse momento, como lhe ouvi várias vezes, ela ria-se intimamente ao lembrar o que o padre lhe disse a certa altura – “nem um táxi à porta da igreja…” – ou quando recordava um rato afoito a atravessar a Confeitaria do Bolhão, onde os noivos celebraram, com um chá, a singular boda…

Daniela Schlegel

Daniela Schlegel

Representante da Embaixada Alemã

O ‘Ocidente’, ao qual Adenauer fez a Alemanha pós-guerra aderir, concordava em regras base essenciais: liberdade, direitos humanos e regência da lei. No mundo de hoje, essas regras e valores estão a ser desafiados.
TRADUÇÃO Maria Cortesão Monteiro

Caro Professor Espada, Cara Professora Capeloa Gil, Caro Dr. Pinto Luz, Caros membros do Parlamento lieber Herr Hofmeister, lieber Herr Ostermann, Estimados convidades, queridos alunos.

É um prazer estar aqui convosco esta noite no encerramento deste Estoril Political Forim. Em primeiro lugar, gostava de expressar o meu respeito e felicitar o Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa e seu director, João Carlos Espada, pela organização de mais uma edição de alto nível do Estoril Political Forum. Ouvi algumas das discussões e estou, francamente, impressionada.

O tema deste ano é “The Transatlantic Alliance. 70 years after the founding of NATO, 30 years after the fall of the Berlin wall”. Este jantar de homenagem a Konrad Adenauer encaixa-se perfeitamente nisso, visto que aponta para as suas ambições e conquistas pessoais.

Alejandro A. Chafuen

Alejandro A. Chafuen

Presidente e fundador do Centro de Investigação Económico Hispano-Americano

Um momento edificante para todos aqueles que valorizam a vocação dos líderes empresariais.
TRADUÇÃO Maria Cortesão Monteiro

Foi um prazer para mim presidir novamente à sessão da cerimónia “Faith and Liberty Lifetime Tribute”, durante o Estoril Political Forum 2019 no Estoril, em Portugal. O Fórum, um programa de três dias organizado pelo Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa, atrai mais de uma centena de intelectuais da academia, de think tanks e da esfera pública de ambos os lados do Atlântico. No evento está também presente mais de uma centena de estudantes. É realizado em associação com vinte organizações de todo o mundo, grupos tão diversos como a Brookings Institution, a Heritage Foundation e a Universidad Francisco Marroquín.

O prémio Faith and Liberty reconhece pessoas de fé que tiveram carreiras exemplares na defesa e prática da liberdade. Tendo em conta que a missão do Acton Institute é de promover uma sociedade livre e virtuosa caracterizada pela liberdade individual e sustentada por princípios religiosos, é sempre um privilégio para nós ser parte deste evento anual e aprender com os nossos colegas portugueses.

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