Recordamos as palavras do então Ministro da Marinha, no número 1, a que já aludimos: ... parece adormecida a nossa vocação marinheira; se esta revista contribuir para a despertar, terá cumprido a missão e servido a Pátria.
O ano de 1937, curio- samente, tem muitas referências marítimas e navais! Foi no ano letivo de 1936 / 37 que a Escola Naval se mudou para o Alfeite e foi este o ano do início da laboração do Arsenal do Alfeite. Em Hamburgo, na Alemanha construiu-se a barca ALBERT LEO SCHLAGETER, um navio-escola para a Kriegsmarine, hoje a nossa SAGRES, e nos antigos estaleiros do porto de Lisboa (AGPL), concessionados a 1 de janeiro de 1937 ao Grupo CUF, construíram-se em 62 dias úteis (!), dois lugres bacalhoeiros gémeos, o CREOULA e o SANTA MARIA MANUELA. Em Ílhavo, inaugurava-se o Museu Marítimo e em Lisboa, a 31 de janeiro, distribuía-se o primeiro número da Revista de Marinha.
Era seu diretor o jovem jornalista Maurício de Oliveira, sendo a revista uma iniciativa editorial da Parceria A.M. Pereira, com sede na Rua Augusta, 44 a 54, em Lisboa. Tinha umas 30 páginas, muitas fotografias, ilustra- ções de Stuart de Carvalhais, inicialmente uma periodicidade mensal e custava 2$50.
Num texto intitulado “Duas Palavras” o diretor referia que a revista iria abordar temas das várias Marinhas, de Guerra, de Comércio, as Pescas e a Náutica de Recreio, ou seja, seria uma revista de “banda larga”. Noutro texto deste número, numa mensagem do Ministro da Marinha de então, Ortins de Bettencourt, podia-se ler ...parece adormecida a nossa vocação marinheira; se esta revista contribuir para a despertar, terá cumprido a sua missão e servido a Pátria.
Inscrever-se
Denunciar
Os meus comentários