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Vinte Anos Após a Morte de Isaiah Berlin Revisitando os Dois Conceitos de Liberdade

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Isaiah Berlin nasceu em Riga, a 6 de Junho de 1909, e morreu em Oxford, a 5 de Novembro de 1997 — há precisamente 20 anos. Alguns dos principais jornais do mundo ocidental noticiaram a morte de Isaiah Berlin na primeira página. “Morreu um dos mais influentes intelectuais do século XX”, foi uma afirmação comum a muitos dos obituários então publicados.

Curiosamente, pouco depois, na edição da Primavera de 1998 da revista trimestral norte-americana The Public Interest, Adam Wolfson, então Chefe de Redacção daquela revista, escrevia que, “quando se recorda e celebra Isaiah Berlin, é importante ter a certeza de que se está a falar do homem certo”. Esta era, em parte, uma referência ao famoso erro do Governo Britânico quando, durante a II Guerra, convidou Irving Berlin, em vez de Isaiah Berlin, para almoçar com Winston Chruchill no no 10 de Downing Street. Mas Adam Wolfson visava mais do que isto e acrescentou:

“Quando Berlin morreu, em Novembro de 1997, ocorreu uma cascada de ensaios e obituários adulatórios, todos eles bem merecidos. No entanto, há um sentido no qual, mais uma vez, o Berlin errado está a ser celebrado; ou, se não o Berlin errado, pelo menos apenas metade dele apareceu nos muitos ensaios comemorativos sobre a sua vida (...) Muito poucos dos seus admiradores, ou até detractores, se deram ao trabalho de mencionar o que era inegavelmente impor- tante acerca do homem: a sua distintiva percepção dos horrores do comunismo e a sua convicção inabalável de que os intelectuais ocidentais deviam opôr-se ao comunismo ou, no mínimo dos mínimos, deviam não confundir comunismo e liberalismo.” 1


No Centenário de António José Saraiva

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António José Saraiva (AJS) é uma referência fundamental na história da cultura portuguesa – sobre a qual refletiu intensamente, sempre com inteligência e sentido crítico.

S ofreu influências do espírito do tempo, mas teve a grande argúcia de compreender a complexidade na evolução da sociedade e da cultura. O intelectual foi evoluindo, sendo um caso especial na procura de novas respostas aos problemas essenciais que foi encontrando. Foi sempre inconformista – mesmo nos momentos mais marcados. Não é possível, assim, compreender a cultura portuguesa, numa visão panorâmica, sem ler e estudar a sua obra, rica e polifacetada. Como afirmou em 1946, “desde o século XVI sucede-se uma série de tentativas para enraizar entre nós uma cultura que se malogram umas atrás de outras. A história da cultura em Portugal não apresenta um desenvolvimento seguido e consequente, mas estratifica-se em secções independentes: é uma série de irrupções descontínuas, não tem uma linha diretriz interna” (Para a História da Cultura em Portugal, volume I). Esta tendência não significa que não haja bons exemplos, no entanto há ausência de regularidade, o que leva amiúde à repetição e ao decaimento, que obrigam, tantas vezes, a recomeçar quase tudo de novo, com perda de energias. Faltou elite universitária. Houve um baixo nível da massa e as condições técnico-económicas desta foram frágeis... Deste modo, no caso português, os géneros literários ressentiram-se dessas circunstâncias – no longo prazo, o teatro, o romance não têm a pujança permanente que o lirismo individual apresenta. Há atrofia dos géneros que dependem de um público largo, que falta, e existe hipertrofia dos géneros (exatamente como a lírica) que pressupõem o talento individual. Camões compreende-se a seguir a Bernardim, ao Cancioneiro Geral e ao lirismo trovadoresco. Fernão Lopes é um génio singularíssimo. Gil Vicente representa a tensão entre o espírito tradicionalista e as transformações externas que se impunham. E importa ainda lembrar que há uma cultura dos letrados e das cortes portuguesas nesse tempo profundamente hispânica e peninsular... A literatura dos Descobrimentos e dos séculos seguintes será outra coisa. Se AJS dedicou uma parte importante do seu labor científico à literatura, a verdade é que procurou sempre ir mais além. “A literatura é a primeira tentativa de definição de problemas que a ciência determina com mais exatidão”. E essa preocupação levará o nosso autor a evoluir nas suas ideias de uma aproximação nítida ao materialismo histórico até uma perspetiva centrada num pensamento crítico liberal-social.


Homenagem - Monsenhor João Evangelista Ribeiro Jorge

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Recordando uma amizade pessoal inolvidável e uma exemplar vida sacerdotal, como “guardião” que fez de mim da sua memória

Morreu, em idade avançada, depois de uma vida intensa de serviço a Deus e aos outros, Mons. João Evangelista Ribeiro Jorge – o P. João, simplesmente, para os que conheciam mais de perto e há mais tempo.

Fundador do associativismo católico em- presarial, assistente dos operários católicos e dos estudantes universitários de Coimbra (JUCF), professor e divulgador da doutrina Social da Igreja, Mons. João Evangelista foi distinguido pelo Instituto de Estudos Políti- cos com o prémio Fé e Liberdade, em 2012, que assim quis evidenciar o seu relevante contributo para a promoção da liberdade associativa em Portugal, iluminada pela fé.

Licenciado em Ciências Sociais, pela Uni- versidade Gregoriana de Roma, desenvolveu intensa actividade docente em Portugal, desde o Instituto Superior de Serviço Social de Coimbra atéà Universidade Católica, em Lisboa, onde ensinou, desde os primórdios, Doutrina Social da Igreja e Ética empresarial, passando pelo Instituto Superior de Estudos Teológicos, em Coimbra.


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