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Estoril Political Forum: 25 Anos IEP-UCP: 20 Anos

Esta edição 62 de Nova Cidadania é publicada na abertura da 25a edição do Estoril Political Forum, que decorre no Hotel Palácio do Estoril, entre 26 e 28 de Junho de 2017, sob a chancela do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa — e cujo programa abre esta edição.

Nesta ocasião, celebram-se dois aniversários: os 25 anos do Estoril Political Forum (EPF, iniciados no Convento da Arrábida, em 1993) e os 20 anos do Instituto de Estudos Políticos da Católica (IEP-UCP, fundado em 1996/1997 — e que em boa medida foi inspirado pelos Encontros da Arrábida, graças à visão inspiradora do Presidente do nosso Conselho Editorial, Mário Pinto).

Para assinalar estes dois aniversários, a presente edição de Nova Cidadania será oferecida a todos os participantes no jantar de abertura do Estoril Political Forum, a 26 de Junho. Este jantar assinala os dois aniversários acima referidos e consagrará o lançamento do IEP Alumni Club: o clube de antigos alunos do IEP-UCP. (É também com prazer que assinalamos nesta edição de Nova Cidadania a inclusão de contributos de cinco alunos do IEP-UCP).

O que distingue a experiência desses alunos actuais e antigos do IEP-UCP? Por outras palavras, o que é que distingue o IEP-UCP, o Estoril Political Forum e esta revista? Cada um saberá descrever a sua experiência pessoal. Mas talvez ninguém saiba exactamente como descrever a experiência de todos. Acreditamos que este é um bom sinal. Não somos projectos desenhados geometricamente, não obedecemos a tendências ou facções particulares. Mas somos guiados por ideais comuns, que reunem em conversação diferentes tendências particulares — embora, certamente, não todas as tendências particulares.

Talvez um traço comum destas ten- dências particulares que aqui se reunem possa ter uma feliz expressão no título central de capa desta edição: A Tradição Ocidental da Liberdade e as suas Raízes Clássicas e Cristãs nos Grandes Livros. Neste título, e no brilhante ensaio de Anthony O’Hear que lhe corresponde, está todo um programa que temos procurado seguir: o orgulho de sermos ocidentais; a humildade de compreen- dermos que o Ocidente não é fruto de um plano singular, certamente não de uma qualquer ruptura revolucionária; o orgulho humilde de sabermos que a tradição ocidental assenta numa longa conversação pluralista, fundada sobretudo nos contributos clássicos e cristãos.

É esta tradição que está consagrada nos Grandes Livros, cujo estudo está no centro dos programas de Licenciatura, Mestrado e Doutoramento do IEP-UCP. Para utilizar expressões correntes, esta tradição não é de esquerda nem de direita. Mas também não pretende “estar acima” da esquerda e da direita — uma expressão que encaramos com desconforto. No nosso entender, a tradição ocidental da liberdade sob a lei engloba a esquerda e a direita democráticas — funda-se e alimenta-se da concorrência civilizada entre elas.

Por este motivo fundacional, orgulhamo-nos também de incluir nesta edição elogios a dois estadistas portugueses — Mário Soares e Aníbal Cavaco Silva — que contribuíram decisivamente para a consolidação da democracia portuguesa. Embora pertençam a famílias políticas diferentes — ou talvez precisamente por isso mesmo — ambos contribuíram para restabelecer entre nós a concorrência e o diálogo civilizados entre perspectivas diferentes.

Talvez, no fim de contas, esta possa ser uma ideia tentativa para designar a experiência comum dos que têm passado pelo IEP-UCP, pelo EPF e por esta revista: uma conversação civilizada e informada entre perspectivas diferentes. Talvez esta conversação seja um ingrediente importante do tema que preside ao Estoril Political Forum deste ano: “Defendendo a Tradição Ocidental da Liberdade sob a Lei”.


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