Tanto a teologia, como a filosofia, como ainda outras ciências humanas, integraram substantiva e livremente a tradição multi-secular da universidade europeia, que nasceu espontaneamente das escolas catedrais da Igreja Católica.
«Nascida no coração da Igreja, a Universidade Católica insere-se no sulco da tradição que remonta à própria origem da Universidade como instituição, e revelou-se sempre um centro incomparável de criatividade e de irradiação do saber para o bem da humanidade. Pela sua vocação, a “Universitas magistrorum et scholarium” consagra-se à investigação, ao ensino e à formação dos estudantes, livremente reunidos com os seus mestres no mesmo amor do saber. Ela compartilha, com todas as outras Universidades, aquele “gaudium de veritate”, tão caro a Santo Agostinho, isto é, a alegria de procurar a verdade, de descobri-la e de comunicá-la em todos os campos do conhecimento. A sua tarefa privilegiada é «unificar existencialmente no trabalho intelectual duas ordens de realidade, que muito frequentemente se tende a opor como se fossem antitéticas: a investigação da verdade e a certeza de já conhecer a fonte da verdade».
Constituição Apostólica do Papa João Paulo II, “Ex Corde Ecclesia”, sobre as universidades católicas
