A I Guerra Mundial foi um sismo, nas palavras de Elie Halévy, um cismo que destruiu a velha Europa histórica. Agora, ainda mais claramente do que antes, podemos ver a guerra como prelúdio da era totalitária. Esta primeira guerra deixou um legado de violência autorizada; inflamou o nacionalismo (e criou repulsa no seu interior e no do seu gémeo aparente, o militarismo); estabeleceu um socialismo de estado baseado na guerra; e exacerbou quase todos os conflitos pré-existentes na Europa. Foi extraordinário esperar que daquela guerra emergisse um mundo novo, um mundo seguro para a democracia. Na realidade, a guerra criou as condições para o bolchevismo e o fascismo e preparou o cenário para o confronto mundial histórico entre os Estados Unidos e a Rússia bolchevista”.
A 4 de agosto, aquilo a que Theodore Roosevelt chamou «esse grande tornado negro» desencadeou-se sobre a Europa. Tal como uma súbita tempestade de verão, a guerra apanhou muitos de surpresa, mas houve poucas tentativas, pelo menos de início, para lhe escapar.
Na Primavera de 1914, a iniciativa de controlo de armas de Winston Churchill foi, aos olhos do Governo alemão, um absurdo. Tal como o despoletar da guerra naquele Verão mostrou, Berlim teria melhor assegurado os seus interesses e o bem-estar do povo alemão se tivesse cooperado com Churchill em vez de o ter contrariado.
A entrada de Portugal na I Grande Guerra não era uma ideia popular.
Pág. 1 de 5
Agradecemos o amável e generoso apoio dos nossos patrocinadores:
Para mais informações em relação a patrocínios, por favor clique aqui para aceder ao formulário.