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Há duas coisas que me deixam bastante irritado quando se fala do 25 de Abril. A primeira, e que mais desespero me provoca, é não reconhecer que a vida é hoje muito melhor. Há quem diga que estamos pior ou na mesma e isso entristece-me pela ignorância ou má-fé de quem o diz. Sou do tempo em que a polícia política prendia de madrugada quem se opunha ao Governo. Em que havia ‘bufos’ a escutar quem estava ao lado. Do tempo da censura prévia, da Mocidade Portuguesa que ensinava fascismo às crianças (Barroso terá esquecido isto quando falou da disciplina?). Sou do tempo da ditadura, pois era uma ditadura o que tínhamos.

Afinal, a famosa ditadura que se estava a instalar em Portugal e a destruir o “25 de Abril” -- a ponto de tornar legítimos apelos a uma nova revolução -- acabou por permitir uma larga variedade de celebrações pacíficas dos quarenta anos do 25 de Abril. Boa parte dessas celebrações foi aliás crítica do governo em funções, o que evidentemente não poderia ter acontecido se vivêssemos em ditadura.

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