A iniciativa do Instituto de Estudos Políticos que questiona quais serão os principais bloqueios e desafios para o desenvolvimento do país não pode ficar sem resposta nas circunstâncias actuais.

A iniciativa do Instituto de Estudos Políticos que questiona quais serão os principais bloqueios e desafios para o desenvolvimento do país não pode ficar sem resposta nas circunstâncias actuais.
Há vários anos que Portugal atravessa um período de desenvolvimento económico e social assimptótico a um nível insustentável porque alimentado por um crescimento exponencial do endividamento externo que hoje representa cerca de 100% do PIB.
O pior numa crise é a nossa recusa em admitir os riscos mais sérios de ruptura. Essa recusa, obviamente, impede a análise dos cenários de evolução considerados mais pessimistas, o que, por sua vez, limita a nossa capacidade para preparar as respostas necessárias com um mínimo de antecipação.
A banalidade é que Portugal está mergulhado numa profunda crise económica e social; a novidade é que poderia ser diferente.
A mudança de Conceito Estratégico de Portugal, em 1974, implicou a adesão à União Europeia, uma escolha sem alternativa. Desde então, os antigos conceitos de fronteira, de cidadania, de soberania, de cosmopolitismo, mudaram de definição, ao ritmo da passagem, em cascata, dos problemas de jurisdição interna para a categoria de internacionalmente relevantes, e estes para internacionais. A União Europeia representa o ponto ómega do processo, ao mesmo tempo que ela própria vai ficando dependente de matérias primas, de energias não renováveis, de reserva estratégica alimentar. A adaptação ao globalismo deixa a cada Estado membro uma margem de autonomia e liberdade, que para Portugal está sobretudo no Mar, e na CPLP.
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