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O escritor argentino Jorge Luis Borges disse uma vez: «A literatura é uma das formas de felicidade, e talvez nenhum escritor me tenha dado tantas horas felizes como Chesterton».

Por regra não classifico políticos nem como heróis nem como vilões. Considero que tanto a idolatria como o diabolismo são o primeiro passo para a nossa auto-desresponsabilização e para, em consequência, negligenciarmos o nosso papel de cidadãos vigilantes. Gosto de aplicar ao conceito de heroísmo na política a definição de felicidade do Júlio Machado Vaz, a qual dita que a felicidade não é um acto contínuo, mas sim momentos de felicidade. Assim, não existem heróís na política, mas antes momentos de heroísmo.

Hannah Arendt é sem dúvida uma das mais importantes fi guras do pensamento político contemporâneo. Famosa pelo seu trabalho sobre totalitarismo, em particular através das obras The Origins of Totalitarianism (1951) e Eichmann in Jerusalem: A Report on the Banality of Evil (1963) – baseado na sua reportagem para a revista The New Yorker sobre o julgamento de Adolf Eichmann, conhecido como “o arquitecto do holocausto” – a obra de Hannah Arendt cobre muitos outros temas como a natureza da liberdade, o conceito de revolução e as capacidades humanas de pensar e julgar.

Temos objectivos e ideais que procuram garantir que o mundo livre possa continuar a sê-lo. Objectivos e ideais também imprescindíveis para que o mundo que ainda não é livre possa vir a sê-lo.

A obra de um escritor pode também lançar alguma luz sobre a sociedade do seu tempo e os dramas e os conflitos que afectaram tantos destinos individuais. Não é só o historiador ou o analista político que recupera e classifica essa memória, por vezes sob ópticas condicionadas pela sua própria visão dos factos. Também o escritor, o próprio político e tantos outros actores do palco no mundo nos deixam, noutras linguagens, o retrato do seu tempo.

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