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EPF 2022 - A guerra na Ucrânia e o futuro da democracia europeia

Wilhem Hofmeister

Wilhem Hofmeister

Ex- Director para Portugal e Espanha da Konrad Adenauer Stiftung, Madrid

Na sua resistência à invasão russa os bravos ucranianos estão a defender não apenas o próprio país, mas também o que entendemos serem os valores da democracia liberal.

1) A guerra na Ucrânia e o futuro da democracia europeia
Que na sua resistência à invasão russa os bravos ucranianos estão a defender não apenas o próprio país, mas também o que entendemos serem os valores da democracia liberal é uma convicção generalizada - compartilhada principalmente e antes de mais na Europa, América do Norte (EUA e Canadá), mas também no Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Austrália e Nova Zelândia. Assim sendo, europeus e norte-americanos têm apoiado politicamente os ucranianos na sua resistência e, sobretudo, têm reforçado as suas capacidades de defesa militar. Não há qualquer dúvida de que desde o início os EUA, sob a liderança do presidente Biden, lideram esse apoio, retornando assim ao seu antigo papel de potência líder na promoção e defesa da democracia, papel esse que nos últimos anos sofreu muito aos olhos da opinião pública mundial devido à retirada do Afeganistão e outras operações política e militarmente duvidosas. Alguns países europeus — e isso infelizmente inclui o meu próprio país, a Alemanha — demoraram um pouco mais a perceber que a atitude anterior de apaziguamento e contenção em relação à Rússia era baseada em falsas avaliações e expectativas. A Alemanha, o que neste caso significa sobretudo o Governo Federal Alemão, demorou ainda mais do que a maioria dos seus vizinhos e parceiros europeus a reconhecer a dimensão da guerra na Ucrânia, as consequências daí resultantes e as reacções necessárias. O presidente alemão Steinmeier admitiu esse erro de julgamento de anos numa entrevista dada a 5 de abril, quando disse:

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