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Especial - Estoril Political Forum 2016

Prémio Fé e Liberdade 2016 - Roque de Aguiar Cabral S.J.

Manuel Braga da Cruz

Manuel Braga da Cruz

Professor Catedrático e antigo Reitor (2000-2012) da Universidade Católica Portuguesa Membro do Conselho Editorial de Nova Cidadania

Assinalando a morte de Pe Roque de Aguiar Cabral S.J., recordamos a homenagem prestada em 2016 no Estoril Political Forum.

Ao fazê-lo, o IEP está a distinguir, não só um dos fundadores da Universidade Católica, mas também, e talvez sobretudo, uma dedicação exemplar à ilustração da cultura pela fé e à defesa da liberdade de espírito que a ela presidiu.

Roque Cabral foi um estreito colaborador de Bacelar e Oliveira, na abertura da Faculdade de Filosofia de Braga ao público, e na fundação da Universidade Católica, que se fez, como é sabido, através da integração daquela Faculdade na nova Universidade. Com a criação da primeira universidade não estatal, rasgaram-se horizontes novos ao sistema de ensino em Portugal, nomeadamente o horizonte da liberdade de ensino. Justificadamente se pode dizer que Roque Cabral foi, não apenas um dos grandes fundadores, mas também dos grandes construtores da Universidade Católica, pois colaborou ainda no lançamento do primeiro curso de Direito no Norte do país, no Centro Regional do Porto da Universidade Católica, de que chegou a ser Director, abrindo perspectivas inovadoras à formação jurídica.

O País dos Sovietes - Recordar trinta anos depois

Daniela Nunes

Daniela Nunes

Mestre IEP-UCP; Assistente de Direcção, IEP-UCP

Em 2021 assinala-se o 30º aniversário da implosão da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). O historiador e jornalista português José Milhazes viveu e relatou à imprensa portuguesa os eventos que, entre 1989 e 1991, culminaram neste momento disruptivo. O seu testemunho é único no nosso país.

Em 2021, assinala-se o 30º aniversário da implosão da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). O historiador e jornalista português José Milhazes viveu e relatou à imprensa portuguesa os eventos que, entre 1989 e 1991, culminaram neste momento disruptivo, embora pacífico, que foi a fragmentação de um império septuagenário. Da Póvoa de Varzim, no Norte de Portugal, Milhazes partiu para Moscovo em 1977, onde acabaria por se formar e viver durante 38 anos. A sua experiência no País dos Sovietes começou, na verdade, na União Soviética de Brezhnev e viria a prolongar se até à Rússia de Putin, que abandonara em 2015 para regressar definitivamente a Portugal. Por esta e outras razões, o testemunho de Milhazes é, muito provavelmente, único no nosso país.

Ensaio IDL

O que o kyklos platónico revela hoje

Juan Bosco Rodríguez Ballvé

Juan Bosco Rodríguez Ballvé

Mestre IEP-UCP; Assistente de Direcção, IEP-UCP

Mas, será Platão irremediavelmente hostil às sociedades abertas?

O mais notório crítico de Platão na modernidade foi Karl Popper. Platão era o inimigo da Open Society e, a sua República, a sociedade fechada canónica. Assim, conta Steven B. Smith, straussiano da Yale, que certo professor, quando chegava a altura de ensinar Platão, entrava na aula e introduzia-a “ao fascista Platão.”

Mas, será Platão irremediavelmente hostil às democracias abertas? Olhemos para o seu kyklos: a narração de Sócrates, num diálogo do livro oitavo da República, sobre a degeneração dos regimes políticos. O ciclo começa com a aristocracia — o governo dos mais qualificados — e vai deteriorando até aos regimes chamados injustos: timocracia, oligarquia, democracia e tirania. A tirania mais selvagem, acreditava o Sócrates platónico, surgia da mais extrema liberdade. Esta originar-se-ia na negação de toda a autoridade e da prevalência dos apetites acima da razão constituída como princípio regulador da alma.

Ensaio IDL

Vom Kriege: Guerra e Política Reflexão acerca da obra de Carl von Clausewitz

Laura Lisboa

Laura Lisboa

Mestre IEP-UCP; Assistente de Direcção, IEP-UCP

De que forma o autor perceciona a guerra como um instrumento e uma continuação da política?

Carl von Clausewitz nasceu no Reino da Prússia poucos anos antes da Revolução Francesa e, ao longo da sua vida, serviu junto do exército Prussiano e Russo durante o período das Guerras Revolucionárias Francesas e Napoleónicas. O seu juízo arguto aliado à experiência histórica e militar permitiu-lhe pensar as condições e a natureza da guerra numa perspetiva inovadora que o destaca dos seus contemporâneos. Publicado a título póstumo em 1832, Vom Kriege, tornou Clausewitz num autor vastamente citado e permanece uma das obras mais respeitadas na área da estratégia militar e teoria da guerra.

Ensaio IDL

O Futuro da NATO Frente às Novas Ameaças

Raquel da Costa Gatta

Raquel da Costa Gatta

Mestre IEP-UCP; Assistente de Direcção, IEP-UCP

As ameaças actuais são mais frequentemente não-convencionais e a NATO deveria ser capaz de se adaptar e reajustar em conformidade.

A NATO enfrenta no presente, e desde o fim da Guerra Fria, algumas das ameaças mais sérias à sua estabilidade e ao cumprimento dos objetivos de proteção dos seus Estados membros. As ameaças à sua estabilidade advêm da periferia, mas também de dentro, e torna-se portanto necessário que os membros da NATO demonstrem estarem ‘na mesma página’ em questões fundamentais, de modo a permitir assegurar uma ação e postura fortes e articuladas. Os ‘Estados inimigos’ tradicionais já não são os mesmos; surgiram ‘inimigos sem Estado’ e países como a China têm aumentado dramaticamente a sua influência no mundo, através de uma abordagem de soft power, que poderá eventualmente vir a ser apoiado por fortes forças militares se necessário.

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