
Guilherme d'Oliveira Martins
Conselho de Administração, Fundação Calouste Gulbenkian; Conselho Editorial, Nova Cidadania
Fernando de Albuquerque, cidadão e aristocrata, o Morgado de Mateus, foi o exemplo de quem sempre foi capaz de ligar em permanência a história longa à memória que sempre se vai reconstruindo.
Quando nos despedimos com o afeto de uma amizade de mais de quarenta anos em novembro passado por ocasião da entrega do Prémio Vasco Graça Moura da Cidadania Cultural a Emílio Rui Vilar não poderia suspeitar que seria a última vez que nos encontrávamos neste mundo. Registo, porém, o sorriso de sempre do Fernando – o mesmo desde que o conheci, graças a Francisco Sá Carneiro, num velho encontro, animado pela ideia de contruirmos uma democracia social e cultural, que pudesse pôr Portugal numa Europa moderna e num mundo global, no qual a língua portuguesa se afirmasse num projeto de paz e de desenvolvimento, com novas independências africanas, nova relação com o Brasil e uma complementaridade viva num mundo global. E o Solar de Mateus tornou-se um lugar de encontros e de afirmação de uma cultura plural, aberta, cosmopolita, criativa e exigente. A democracia tinha de cultivar a qualidade. Portugal deveria tornar-se um ponto de encontro do que melhor se fazia, deixando o velho estigma de velha ditadura, isolada e pobre.

Marcelo Rebelo de Sousa
Presidente da República Portuguesa
Nova Cidadania publicará um Dossier global de Homenagem a Rainha Isabel II na sua próxima edição, nº 78.
Majestade,
Foi com profunda e sincera consternação e com um imenso pesar que tomei conhecimento do falecimento de Sua Majestade a Rainha Isabel II.

João Carlos Espada / OBE
Director do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa. Director de Nova Cidadania
Subjacente às impressionantes manifestações de homenagem a Isabel II está um entendimento da liberdade como tradição — que é incompreensível para os dogmatismos autoritários, de esquerda ou de direita.
1. Decorrerá hoje, segunda-feira 19 de Setembro, com início pelas 11 horas da manhã, o funeral da Rainha Isabel II. Neste momento solene, em que milhões de pessoas em todo o mundo prestam homenagem à Rainha, creio que é particularmente devida uma reflexão sobre o significado político, intelectual e moral dessa imensa homenagem.
Foi com profunda e sincera consternação e com um imenso pesar que tomei conhecimento do falecimento de Sua Majestade a Rainha Isabel II.

Marcelo Rebelo de Sousa
Presidente da República Portuguesa
Há um traço indelével, uma preocupação constante que as atravessa: a defesa e a militância pelos valores da democracia liberal e do Estado de Direito democrático.
Sr. Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Magnífica Reitora da Universidade Católica Portuguesa, Sr. Director do Instituto de Estudos Políticos, Ilustres oradores, Distintos convidados, Carissimos docentes, Caríssimas e caríssimos alunos,
Não é todos os dias que se assinala a 30ª edição de um encontro académico internacional.
Estão por isso de parabéns a Universidade Católica Portu- guesa, o seu Instituto de Estudos Políticos e nele o seu notável mestre e churchilliano emérito, o Professor João Carlos Espada, que há 30 anos promove este evento.