Obituário - Paulo de Pitta e Cunha
Conselho de Administração, Fundação Calouste Gulbenkian; Conselho Editorial, Nova Cidadania
Reli, nos últimos dias, os escritos de Pitta e Cunha. Encontrei uma coerência irrepreensível. E o seu sentido crítico merece especial atenção.
Rue Belliard, Berlaymont, Grand Place – na Primavera amena de 1976, tive o gosto de participar numa delega- ção portuguesa que visitou as instituições comunitárias. Paulo de Pitta e Cunha coor- denava o grupo, com eficácia e entusiasmo. Estava em cau- sa a preparação da adesão de Portugal às Comunidades Eu- ropeias – com Aníbal Cavaco Silva, Marcelo Rebelo de Sou- sa, Jorge Miranda, Pedro Ro- seta… E aí nos encontrámos com o saudoso Camilo Martins de Oliveira – incansável cicerone no labirinto comuni- tário. Quando tive a notícia da inesperada morte de Paulo de Pitta e Cunha veio-me à me- mória essa inesquecível mis- são. E a essa lembrança jun- taram-se muitas outras, como tive oportunidade de recordar com o filho Tiago, em S. Se- bastião da Pedreira.
