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Memória de Gago para além das suas políticas

Continuando assim o texto publicado em Nova Cidadania 57, pp. 67-73

1 RAZÃO DE ORDEM

Este artigo é dedicado a Mariano Gago, prematuramente desaparecido em 12 de Abril de 2015. Reduz, adapta e corrige as seções 3 a 5 do Working Paper (WP) nº 595 da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, continuando assim o texto publicado em Nova Cidadania 57, pp. 67-73 (o qual reproduziu as seções 1 e 2 e anexos 1 e 2 do WP). Desde então, assisti a várias homenagens, do Grémio Literário, em 22 de Outubro de 2015, ao Pavilhão do Conhecimento, em 8 de Março de 2016, esta última dedicada às “Mulheres na Ciência”. Em 26 de Novembro, valendo-me de WP e NC, evoquei na Academia das Ciências de Lisboa (ACL) a memória do nosso comum amigo Jean-Pierre Contzen, “sábio global, militante europeu, combatente belga”, que falara no Grémio e devia falar no Pavilhão1. Das 24 transcrições traduzidas do estudo de Jorge Borges de Macedo incluído num volume apresentado por José V. de Pina Martins, intitulado Damião de Góis Humaniste Européen, Braga, 1982, p. 55-244) que coligi no anexo 3, a última serve de envio lírico na seção 5 do WP. Isto porque Macedo retira de Góis dois pontos essenciais para Gago. Primeiro, “é possível persistir em Portugal numa ideia que se julga justa, sem torneio nem mentira”. Segundo, porquanto “a pesquisa como instrumento do poder efetivo ou virtual não tem interesse”, a crítica interna a uma certa cultura exige uma pesquisa fundada sobre a convicção que a verdade existe e é ela que deve prevalecer.

Ao reproduzir nas páginas 71 e 72 de NC o retrato de Damião procurado por Mariano queria transformar as interações descritas nas seções 2, 3 e 4 do WP no “rio sempre a ir, espaço misterioso entre espaços desertos” do poeta. Fruto das relações que tive com ele e que ele tivera com meu pai, voltei assim a conversar com eles sobre ritos, mitos e redes escondidos nas políticas, com o rabo da política de fora.


1000 Caracteres remanescentes


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