Com o autoritarismo a aumentar tanto a nível nacional como internacional, agora não é altura para desistir da experiência americana.
“Querer é quase sempre poder: o que é excessivamente raro é querer”. - Alexandre Herculano
Não faltam livros de conservadores americanos a atacar liberais americanos, e à primeira vista o Why Liberalism Failed parece ser apenas mais um acrescento ao género. Mas o título do livro é enganador, porque o seu autor, Patrick Deneen, professor de ciência política em Notre Dame, nos oferece também uma crítica do conservadorismo contemporâneo. Na verdade, ele vê o progressismo e o conservadorismo contemporâneos, as “principais opções políticas da nossa era”, como dois lados “da mesma moeda falsificada.” Ambos os lados aceitam os princípios fundamentais do liberalismo no sentido mais amplo, o sentido presente na expressão “democracia liberal” – princípios que incluem direitos individuais, constitucionalismo, e regência da lei.
Apesar do seu ataque aos fundamentos básicos do regime americano, o livro de Deenen foi já recebido com comentários respeitosos, ainda que críticos, dos colunistas conservadores do New York Times, David Brooks e Ross Douthat. É fácil perceber por que razão a defesa feita por Deneen da família, da ordem, da virtude e da tradição é apelativa a muitos conservadores. Tal como o seu ataque à dispersão da cultura contemporânea (ou “anti-cultura”, como ele prefere chamar-lhe) pela sua ênfase na autonomia individual sobre os valores comunitários.
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