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Ricardo Sondermann

Ricardo Sondermann

Instituto Estudos Empresariais, Porto Alegre

Nunca nos cansamos ao ouvir as histórias, citações e factos de Churchill. Porque é que este homem é tão importante hoje em dia, e porque é que as suas lições ainda são relevantes?
Tradução Maria Cortesão Monteiro

Em primeiro lugar gostaria de agradecer ao querido João Espada, aos seus colegas e à sua equipa por este maravilhoso evento. “Estamos facilmente satisfeitos com o melhor”.

Nunca nos cansamos ao ouvir as histórias, citações e factos de Churchill. Porque é que este homem é tão importante hoje em dia, e porque é que as suas lições ainda são relevantes? Numa uma sociedade cada vez menos livre, ouvimos poucas vozes de consciência, opiniões equilibradas e de compreensão abrangente. É como se estivéssemos nos nossos “anos selvagens”, assistindo à ascensão do totalitarismo e tentando alertar as pessoas sobre perigos que ninguém quer ver.

“Um apaziguador é aquele que alimenta um crocodilo – esperando que este o coma em último”. Estamos a viver os anos 20 novamente, não a década de 2020, mas a de 1920. O novo totalitarismo que nos rodeia é o politicamente correcto, agora chamado de woke, ou no mundo dos negócios, ESG. O sonho de sociedades unidas está morto, pois agora todos somos rotulados por raça, cor, religião, hábitos alimentares, orientação sexual, hábitos de leitura, uma lista que poderia continuar por muito tempo.

Pedro Ferro

Pedro Ferro

Professor, IEP-UCP

“I tremble for my country when I reflect that God is just: that his justice cannot sleep for ever”
Thomas Jefferson

“We make men without chests and expect from them virtue and enterprise. We laugh at honor and are shocked to find traitors in our midst.”
C.S. Lewis

Em 16 de junho de 1858, em Springfield, Illinois, aquando da sua nomeação como candidato a senador pelo Partido Republicano, Abraham Lincoln pronunciou aquele que ficou conhecido como o “Discurso da Casa Dividida”, pela alusão à sentença de Jesus – «a house divided against itself cannot stand», lembrou Lincoln, no preâmbulo desse discurso – recolhida, com pequenas variantes, nos três evangelhos sinópticos. 1 A nação americana não poderia subsistir lacerada por uma divergência tão radical e visceral como a que existia, ao tempo, no tocante à escravatura: «this government cannot endure, permanently, half slave and half free»; «it will become all one thing or all the other».2 Das duas, uma: ou esse diferendo desembocaria na divisão política, acabando com a União; ou prevaleceria um dos lados. E o triunfo da metade esclavagista (se acontecesse) acabaria com a igualdade e liberdade republicanas, prometidas – mas ainda não integralmente cumpridas 3 – na Declaração de Independência, aniquilando a própria alma dessa independência e dessa união.

Isabel Capeloa Gil

Isabel Capeloa Gil

Reitora da Universidade Católica Portuguesa

O Professor Jorge Miranda tem-se destacado na defesa intransigente dos valores de liberdade e dignidade tão claramente plasmados na nossa Constituição.

Sr. Diretor do Instituto de Estudos Políticos, Sr. Prof. Jorge Miranda, Senhores Professores, Caros graduados e suas famílias, Distintos convidados, colaboradores da Faculdade, Minhas senhoras e meus senhores

Celebramos hoje o fim de um ciclo e o início de outro mais,- diríamos porventura que após a suspensão de eventos académicos institucionais provocada pela pandemia, que nesta ocasião celebramos não ainda o fim, nem o princípio do fim, mas certamente já o fim do princípio da pandemia - e nesta ocasião é inevitável ponderar os projetos e os conseguimentos, e bem assim salientar o sentido, ou o propósito, do trabalho da universidade. Nas universidades americanas, este momento é designado ‘commencement’ – uma graduação que é simultaneamente um começo - , o que implica um olhar sobre a universidade como ciclo e continuidade. A vida da universidade não concebe um término, o fim, a graduação representa o início de um novo ciclo para os jovens profissionais e a cerimónia de entrega de diplomas renova a missão da universidade como doadora universal de saber e gestora global de talento. De modo simples, trata-se de não esquecer as duas questões centrais que as universidades se devem sistematicamente colocar: o que é que fazemos bem? Para que é que servimos e quem servimos? No fundo, trata-se de formular na nossa atividade as questões ances trais acerca da verdade e do bem. O que fazemos bem é procurar constantemente a verdade através da investigação e do diálogo enriquecedor e diário com a comunidade de estudantes. Para que servimos: basicamente para contribuir para o bem da sociedade, para a melhoria da condição humana e a defesa da casa comum.

João Carlos Espada

João Carlos Espada

Director do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa. Director de Nova Cidadania

Uma breve panorâmica das principais actividades que fazem do IEP-UCP uma escola especial.

Senhora Reitora, Professora Isabel Capeloa Gil Senhor Professor Jorge Miranda, Senhor Professor Mário Pinto. Senhor Professor Manuel Braga da Cruz Senhora Professora Mónica Dias Senhor Professor João Pereira Coutinho Senhores Embaixadores, Ilustres Autoridades Académicas, Civis e Militares, Ilustres Convidados, Caros Estudantes, Caros Colegas e Amigos, Minhas Senhoras e Meus Senhores,
Vamos agora dar início à segunda parte do nosso programa de hoje, a cerimónia de entrega de diplomas e prémios aos alunos do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa. Como é nossa tradição, devo agora apresentar-vos uma breve panorâmica das principais actividades que fazem do IEP-UCP uma escola especial.

Antes de iniciar essa panorâmica, no entanto, gostaria de dirigir breves palavras de agradecimento muito reconhecido aos nossos conferencistas Alexis de Tocqueville deste ano, os Professores Mário Pinto e Jorge Miranda – ambos co-fundadores do IEP em 1996, bem como a muito inspiradora Abertura pela Senhora Reitora. Estamos profundamente gratos por estas Aulas Magistrais que nos proporcionaram sobre os princípios fundamentais da Liberdade sob o Governo das Leis e não sob o capricho dos homens – e, se possível mais importante ainda, sobre como a Liberdade sob a Lei assenta no diálogo entre Fé e Razão, entre Fé e Liberdade. É para nós um especial privilégio que o Prémio Fé e Liberdade tenha hoje sido atribuído ao Professor Jorge Miranda e que a sua proposta tenha sido apresentada por Professor Mário Pinto, ele próprio laureado pelo Prémio Fé e Liberdade em 2013, sob proposta do Professor Manuel Braga da Cruz.

Jorge Miranda

Jorge Miranda

Professor de Direito e jurisconsulto português

A história e a atualidade mostram uma incindável conexão entre a liberdade cultural, a liberdade religiosa e a liberdade política.

1. Cultura envolve:

  • tudo quanto tem significado espiritual e, simultaneamente, adquire relevância coletiva;
  • tudo que se reporta a bens não económicos;
  • tudo que tem que ver com obras de criação ou de valorização humana, contrapostas às puras expressões da natureza.

Cultura abrange a língua e as diferentes formas de linguagem e de comunicação, a religião, os usos e costumes quotidianos, o Direito, a arte, os símbolos e o património comunitários, as formas de apreensão e de transmissão de conhecimentos, as formas de cultivo da terra e do mar e as formas de transformação dos produtos daí extraídos, as instituições políticas, o meio ambiente enquanto alvo de ação humanizadora. Assim como cada homem ou cada mulher é, antes do mais, moldado ou moldada pela cultura em que nasce e se realiza.

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