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O debate 5G: as implicações geopolíticas e securitárias na Europa

Corina Lozovan

Corina Lozovan

Doutoranda IEP-UCP Investigadora CIEP, Centro de Investigação do Instituto de Estudos Políticos

Esta próxima geração de conectividade sem fios terá um impacto a longo prazo nas nossas vidas, revolucionando todas as esferas da economia, política e segurança.

A rede 5G é a última geração de tecnologia sem fios que será mais um avanço no âmbito da revolução digital. No pensamento de Carl von Clausewitz, poder-se-ia dizer que a discussão sobre a rede 5G representa a continuação de uma grande competição de poder por outros meios i , numa era de corrida global pela supremacia tecnológica na terra e, sub-repticiamente, também no espaço. As notícias de hoje tornaram o debate 5G num tema omnipresente, mas ainda assim, o seu alcance e poder transformacional é subestimado. Esta próxima geração de conectividade sem fios terá um impacto a longo prazo nas nossas vidas, revolucionando todas as esferas da economia, política e segurança. A odisseia da ficção científica que tem sido descrita na literatura tornou-se uma realidade, com benefícios, mas ao mesmo tempo, com riscos acrescidos e ameaças.

O país que domina a liderança atual no desenvolvimento das redes 5G é a China, impulsionada pelo imperativo estratégico de Pequim, com a região da Ásia-Pacífico a liderar a implementação das novas redes. Quanto à Europa, a adoção das redes 5G tornou-se num assunto controverso com a empresa chinesa Huawei a liderar o seu processo de implementação, tendo provocado reacções divergentes dentro da União Europeia. Para além disso, o governo americano considera a empresa chinesa uma ameaça que se tornou num símbolo de confronto entre os Estados Unidos e o seu cada vez mais ambicioso adversário, a China. A implantação iminente de infraestruturas 5G representa também uma luta comercial e política pelo controlo das indústrias do futuro. A Europa foi apanhada neste imbróglio e está a tornar-se claro que precisa de desenvol- ver uma estratégia para a orientar, não só através do atual debate sobre as redes 5G, mas também das rivalidades tecnológicas, que ainda estão por advir.

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Justin
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