A Mário Soares devemos, além da liberdade, a difusão entre nós de uma atitude ou maneira de estar que torna a liberdade duradoura: a disposição para usufruir da liberdade habitualmente.
A notícia da morte de Mário Soares não nos atingiu de surpresa. Todos sabíamos que podia chegar a qualquer momento. Ainda assim — no meu caso e certamente no de muitos outros — atingiu-me duramente. Um silêncio profundo envolveu uma avalanche de recordações. E, com elas, renasceu o sentimento de gratidão — que de forma tão tocante tem sido expresso por tantas e tão diferentes vozes que lhe agradecem a liberdade.
Creio que de facto devemos a liberdade a Mário Soares, embora muitos outros tenham também combatido pela liberdade — ao seu lado e muitas vezes em lados diferentes. Mas a Mário Soares devemos, além da liberdade, a difusão entre nós de uma atitude ou maneira de estar que torna a liberdade duradoura: a disposição para usufruir da liberdade habitualmente.
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