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Política Americana - Os Burkeanos de Brooklyn

O significado, o legado e o futuro do neoconservadorismo são, frequentemente, temas fervorosamente contestados. Mas a história do neoconservadorismo – particularmente a sua história inicial – tem sido considerado, há muito, uma área amplamente instituída.

De acordo com a narrativa prevalecente, os membros da primeira geração de neoconservadores – de entre os quais Irving Kristol é talvez o mais famoso – eram intelectuais de esquerda que surgiram a questionar e a rejeitar os dogmas do liberalismo progressivo durante os anos 60, especialmente em resposta ao radicalismo cultural dos movimentos de protesto estudantis e à ambição equivocada da Grande Sociedade. “Assaltados pela realidade”, como Kristol memoravelmente referia, eles embarcaram numa viagem em direcção à direita, explicando-se por via de publicações como a revista trimestral de Kristol, The Public Interest, ou a revista mental de Norman Podhoretz, Commentary. A sua heresia despertou a ira dos ex-camaradas de esquerda, um dos quais, o teórico político Michael Harrington, é tido como tendo sido o primeiro a aplicar-lhes o termo “neoconservador”, numa crítica à Public Interest desenvolvida num ensaio de 1973 na revista social-democrata Dissent.

e à sua esposa, a historiadora Gertrude Himmelfarb. Esta história envolve décadas de evolução intelectual e tem início bem antes dos empolgantes anos 60 com uma inclinação profundamente conservadora de compreender a vida moderna através da lente da tradição Anglo-Americana do pensamento político.

Partindo de um arquivo de material nunca antes em ambos os lados do Atlântico, podemos agora recontar uma história de longe mais minuciosa e precisa de Kristol, Himmelfarb e do seu contexto intelectual. Ao fazê-lo, podemos lançar uma nova luz tanto no ambiente intelectual da América do pós-guerra, bem como nas raízes da “persuasão” filosófica que transformaram, eventualmente, a política Americana.


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