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D. Miguel em Alvalade

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Permitam-me que felicite a Casa do Povo de Alvalade pela louvável iniciativa de assinalar a efeméride que hoje aqui nos congrega: a passagem da última noite em Portugal de El-Rei D. Miguel, nesta terra de Alvalade, na véspera da partida para o exílio donde não mais voltaria.

É uma iniciativa a vários títulos louvável. Antes de mais porque evoca um acontecimento marcante da nossa história: o fim da guerra civil e a partida para o exílio de um Rei vencido. Não é vulgar evocar os vencidos e os derrotados, mais ainda em guerras fratricidas. Este é por isso, um gesto nobre e generoso, de quem sabe olhar, mesmo de longe no tempo, para um período dramático da nossa história, sem pre-conceitos, mas com espírito patriótico. Porque não foi apenas El-Rei D. Miguel que foi exilado nesse dia 1 de Junho de 1834, mas o povo que com ele se identificava, a tradição portuguesa que ele incarnava e defendia. Quem partiu para o exílio nesse dia, foi uma parte inteira de Portugal que, se foi afastada, nunca deixou Portugal. A pátria ficou no coração dos que partiram, bem firme e enraizada. E os que partiram ficaram para sempre no coração de muitos portugueses, que os recordavam e visitavam, que os ajudavam como se de família própria se tratasse, que suspiravam pelo seu regresso, como se deseja que voltem aqueles que se amam.

O miguelismo não partiu, ficou, como dimensão natural da cultura popular e da tradição portuguesa. Um pouco à semelhança do sebastianismo, desenvolvido depois da tragédia de Alcacer-Quibir, o miguelismo nunca abandonou o imaginário português, para ser amado e cultivado, ou detestado e combatido . Não me refiro apenas ao movimento político, ao partido legitimista, que perdurou como memória de uma bandeira de guerra, ao longo de todo o século XIX, para ressurgir em Portugal nas românticas incursões da Galiza, e para se reconciliar com os adversários seculares nas costas de Dover, numa comunhão de exílios e de desejos de regresso à pátria. Refiro-me também a um espírito, a uma me- mória de passado projectada em futuro, a um entendimento secular do povo que somos, a uma identidade histórica de raízes antigas. O miguelismo tornou-se apanágio de “uma maneira antiga de ser português”, transformou-se em saudade, bem portuguesa, de alguém amado que um dia havia de regressar. Tudo isso ficou e perdurou, entranhado na alma da pátria dilacerada pela divisão.


 

Liderança: no topo está a virtude

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A representação do homo economicus é incompleta e tem gerado efeitos perversos no modo como as organizações são geridas e os líderes atuam.

Uma visão mais holística é necessária: os humanos são dotados de vícios e de virtudes, de razão e de emoção, de egoísmo e de generosidade. É necessário que os líderes adotem condutas consistentes com essa leitura mais realista e desenvolvam as forças do caráter que lhes permitem exercer um impacto mais positivo sobre as organizações e o bem-comum.

A VIRTUDE DO MEIO ESTÁ NO TOPO


 

Liberdade de escolha Uma exigência do Estado Social do século XXI

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A plena afirmação da dignidade humana exige liberdade de escolher. Sem liberdade de escolha não tem sentido falar-se em cidadania, nem em construção e consolidação de uma sociedade onde os direitos fundamentais sejam garantidos a todos os cidadãos sem excepção.

Negar a capacidade de escolha às pessoas é sujeitá las à condição de servos de quem escolhe, quer seja a aristocracia (ou as suas metamorfoses mais modernas, a tecnocracia e a “vontade de metade da população mais um”), quer seja um qualquer partido ou grupo vanguardista, considerando se iluminado para saber o que é melhor para cada pessoa e, portanto, para a sociedade.

Por isso, a liberdade de escolha das pessoas só pode ser questionada quando põe em causa a própria liberdade ou a liberdade de outros.


 

O Reino Unido e a Reforma da União Europeia

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Muito tem sido dito sobre a Grã-Bretanha na Europa, particularmente nos últimos dois anos. Uma parte tem sido ponderada e precisa. A maior parte não tem.

Nos próximos 15 minutos, mais ou menos, quero responder à pergunta colocada por este debate. Quero propor-vos uma ideia do que uma Europa reformada – com o Reino Unido no seu seio – pode parecer. Utilizarei as minhas palavras, mas também contarei com palavras de outros, principalmente do Primeiro-Ministro David Cameron e do nosso Ministro das Finanças, George Osborne. Porque, ao contrário do que possam ter lido, nós temos uma visão de como se apresenta a Grã-Bretanha na Europa. É uma visão positiva, que visa proporcionar benefícios. O Primeiro-Ministro, e outros, foram identificando exatamente isso nos últimos meses – por exemplo, quando David Cameron falou na Chatham House sobre as reformas específicas que o Reino Unido está à procura e na carta que ele enviou subsequentemente ao Presidente do Conselho Europeu.

Quero começar por olhar para o passado, para a história da Grã-Bretanha na Europa. Virei em seguida para o presente, para a agenda de reforma do Reino Unido, e concluirei levando-vos ao futuro 10 anos.


 

Eduardo Lourenço e Montaigne

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A antologia «Une Vie Écrite» de Eduardo Lourenço acaba de ser publicada em Paris pela Gallimard, com uma edição estabelecida sob a direção de Luísa Braz de Oliveira.

uma justa iniciativa, dedicada pelo autor a sua mulher Annie, lembrando a função de exímia tradutora, como, aliás, fica demonstrado numa parte muito significativa dos textos que constituem este volume. Pode, pois, dizer-se que estamos perante uma obra escrita a duo – beneficiando os leitores das ideias do pensador e ensaísta e da fidelíssima tradução para língua francesa por uma notável hispanista, que muito bem conhecia o pensamento de seu marido e a riqueza da cultura portuguesa. Por isso, devemos deixar claro que a apresentação ao leitor francês deste notável conjunto de textos pressupõe o reconhecimento da importância da complementaridade entre Eduardo e Annie, o ensaísta e a especialista em culturas ibéricas – culturas em cujo âmbito a obra do autor de «O Labirinto da Saudade» se integra como uma das mais ricas e fecundas. O critério geral assumido por Luísa Braz de Oliveira revela-se extremamente correto, centrando-se em dois temas: a Europa e a Poesia – que permitem situar o ensaísta não só na tendência de abertura e cosmopolitismo em que é seguidor da Geração de Setenta com a atualização do modernismo de «Orpheu», mas também na compreensão, a um tempo heterodoxa e atenta às mais inesperadas particularidades de uma identidade cultural feita de inúmeros elementos, tantas vezes contraditórios... Dir-se-ia, assim, que, como incansável interrogador de mitos, Eduardo Lourenço pôde perceber o lado oculto das culturas da língua portuguesa. Basta lembrarmo-nos dos equívocos ainda presentes quando publicou no início dos anos 1970 «Pessoa Revisitado», que contrastam com a presença atual do poeta, que já não pode ser identificado com uma leitura mais ou menos unilateral da «Mensagem» ou psicanalítica dos heterónimos... E qual foi a «trouvaille»? «Bastou ler o que está nos poemas para descobrir a séria “comédia” heteronímica, quer dizer a intrínseca intertextualidade».


 

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