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O Reino Unido e a Reforma da União Europeia

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Muito tem sido dito sobre a Grã-Bretanha na Europa, particularmente nos últimos dois anos. Uma parte tem sido ponderada e precisa. A maior parte não tem.

Nos próximos 15 minutos, mais ou menos, quero responder à pergunta colocada por este debate. Quero propor-vos uma ideia do que uma Europa reformada – com o Reino Unido no seu seio – pode parecer. Utilizarei as minhas palavras, mas também contarei com palavras de outros, principalmente do Primeiro-Ministro David Cameron e do nosso Ministro das Finanças, George Osborne. Porque, ao contrário do que possam ter lido, nós temos uma visão de como se apresenta a Grã-Bretanha na Europa. É uma visão positiva, que visa proporcionar benefícios. O Primeiro-Ministro, e outros, foram identificando exatamente isso nos últimos meses – por exemplo, quando David Cameron falou na Chatham House sobre as reformas específicas que o Reino Unido está à procura e na carta que ele enviou subsequentemente ao Presidente do Conselho Europeu.

Quero começar por olhar para o passado, para a história da Grã-Bretanha na Europa. Virei em seguida para o presente, para a agenda de reforma do Reino Unido, e concluirei levando-vos ao futuro 10 anos.


Liberdade de escolha Uma exigência do Estado Social do século XXI

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A plena afirmação da dignidade humana exige liberdade de escolher. Sem liberdade de escolha não tem sentido falar-se em cidadania, nem em construção e consolidação de uma sociedade onde os direitos fundamentais sejam garantidos a todos os cidadãos sem excepção.

Negar a capacidade de escolha às pessoas é sujeitá las à condição de servos de quem escolhe, quer seja a aristocracia (ou as suas metamorfoses mais modernas, a tecnocracia e a “vontade de metade da população mais um”), quer seja um qualquer partido ou grupo vanguardista, considerando se iluminado para saber o que é melhor para cada pessoa e, portanto, para a sociedade.

Por isso, a liberdade de escolha das pessoas só pode ser questionada quando põe em causa a própria liberdade ou a liberdade de outros.


Liderança: no topo está a virtude

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A representação do homo economicus é incompleta e tem gerado efeitos perversos no modo como as organizações são geridas e os líderes atuam.

Uma visão mais holística é necessária: os humanos são dotados de vícios e de virtudes, de razão e de emoção, de egoísmo e de generosidade. É necessário que os líderes adotem condutas consistentes com essa leitura mais realista e desenvolvam as forças do caráter que lhes permitem exercer um impacto mais positivo sobre as organizações e o bem-comum.

A VIRTUDE DO MEIO ESTÁ NO TOPO


D. Miguel em Alvalade

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Permitam-me que felicite a Casa do Povo de Alvalade pela louvável iniciativa de assinalar a efeméride que hoje aqui nos congrega: a passagem da última noite em Portugal de El-Rei D. Miguel, nesta terra de Alvalade, na véspera da partida para o exílio donde não mais voltaria.

É uma iniciativa a vários títulos louvável. Antes de mais porque evoca um acontecimento marcante da nossa história: o fim da guerra civil e a partida para o exílio de um Rei vencido. Não é vulgar evocar os vencidos e os derrotados, mais ainda em guerras fratricidas. Este é por isso, um gesto nobre e generoso, de quem sabe olhar, mesmo de longe no tempo, para um período dramático da nossa história, sem pre-conceitos, mas com espírito patriótico. Porque não foi apenas El-Rei D. Miguel que foi exilado nesse dia 1 de Junho de 1834, mas o povo que com ele se identificava, a tradição portuguesa que ele incarnava e defendia. Quem partiu para o exílio nesse dia, foi uma parte inteira de Portugal que, se foi afastada, nunca deixou Portugal. A pátria ficou no coração dos que partiram, bem firme e enraizada. E os que partiram ficaram para sempre no coração de muitos portugueses, que os recordavam e visitavam, que os ajudavam como se de família própria se tratasse, que suspiravam pelo seu regresso, como se deseja que voltem aqueles que se amam.

O miguelismo não partiu, ficou, como dimensão natural da cultura popular e da tradição portuguesa. Um pouco à semelhança do sebastianismo, desenvolvido depois da tragédia de Alcacer-Quibir, o miguelismo nunca abandonou o imaginário português, para ser amado e cultivado, ou detestado e combatido . Não me refiro apenas ao movimento político, ao partido legitimista, que perdurou como memória de uma bandeira de guerra, ao longo de todo o século XIX, para ressurgir em Portugal nas românticas incursões da Galiza, e para se reconciliar com os adversários seculares nas costas de Dover, numa comunhão de exílios e de desejos de regresso à pátria. Refiro-me também a um espírito, a uma me- mória de passado projectada em futuro, a um entendimento secular do povo que somos, a uma identidade histórica de raízes antigas. O miguelismo tornou-se apanágio de “uma maneira antiga de ser português”, transformou-se em saudade, bem portuguesa, de alguém amado que um dia havia de regressar. Tudo isso ficou e perdurou, entranhado na alma da pátria dilacerada pela divisão.


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