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A Batalha de Waterloo e a reafirmação da Britishness

A batalha de Waterloo, travada a 18 de Junho de 1815, entre um exército aliado sob comando britânico e as forças napoleónicas restauradas durante o governo dos “Cem Dias”, é hoje considerada um dos mais importantes momentos da história europeia e por isso se tornou uma das campanhas militares mais estudadas de todos os tempos.

Como se lembrou no seu bicentenário, recentemente celebrado, Waterloo produziu inúmeros testemunhos e memórias literárias e incontáveis trabalhos académicos, emprestou o seu nome a ruas, monumentos e à mais movimentada estação ferroviária do mundo, e inspirou até a cultura popular, na forma da música dos ABBA vencedora do concurso da Eurovisão de 1974 (embora a sua letra contenha imprecisões históricas). A própria palavra “Waterloo” ganhou um sentido metafórico, evocando, nos termos de Peter Snow, “aquele momento na vida em que cada um de nós enfrenta um desafio quase insuperável”.

No contexto de uma análise alargada da era revolucionária e napoleónica dos alvores do século XIX, Waterloo pode ser estudado para observar as mutações operadas nas estratégias bélicas, para explicar a queda do Império napoleónico ou, conjugado com os resultados do Congresso de Viena, para compreender 1815 como um ponto de viragem decisivo – o fim de uma época e o princípio de outra, dominada por uma pax britânica na Europa que, embora alterada pelos nacionalismos e pelos apetites imperialistas visíveis ao longo de Oitocentos, vigoraria durante cem anos, colapsando apenas no decurso da I Guerra Mundial.


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