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Homenagem Adriano Moreira: um agradecimento pessoal

João Carlos Espada

João Carlos Espada

Director do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa. Director de Nova Cidadania

Aprendi com Adriano Moreira a lição do cavalheirismo, do espírito universitário e das regras impessoais que subjazem às instituições.

Tem sido muito comovente e muito merecida a homenagem que o país tem prestado a Adriano Moreira — primeiro no seu centenário, a 6 de Setem- bro, depois na sua morte, a 23 de Outubro. Não tenho a pretensão de conseguir acrescentar aqui um contributo significativo a esta comovente e muito merecida homenagem. Mas talvez me seja permitido um modesto agradecimento pessoal.

Conheci pessoalmente Adriano Moreira nos anos idos de 1983 (há quase 40 anos!) — quando o entrevistei no seu escritório, forrado de livros, de sua casa no Restelo, quando conheci também sua encantadora mulher, Mónica Lima Mayer. Eu estava na altura a preparar um dossier para a Revista do Expresso — então dirigida pelo meu querido e saudoso Amigo Vicente Jorge Silva — sobre uma dupla pergunta: “O que é ser de esquerda hoje?” e “O que é ser de direita hoje?” [que viria a ser publicado em dois capítulos, a 6 de Novembro de 1982, sobre a esquerda, e a 16 de Julho de 1983, sobre a direita].

Tive então o privilégio — obviamente só possível devido à chancela que o Expresso amavelmente concedeu a um desconhecido jornalista — de ouvir naquela ocasião vozes muito estimulantes da nossa vida intelectual (embora não necessariamente mediática). Recordo com saudade Victor Cunha Rego, Jorge Borges de Macedo, Franco Nogueira, Sottomayor Cardia, José Fernandes Fafe, António José Saraiva, para citar apenas alguns.

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