Ensaio
Guerra Híbrida e as novas Ameaças Cíbridas

Manuel Poêjo Torres
Doutorando IEP-UCP, Bolseiro IEP-UCP
Cultivar uma compreensão profunda do inimigo e da sua estratégia é, e sempre será, um pré-requisito para a vitória.
Todas as políticas, estratégias e táticas Chinesas resultam de um processo histórico iniciado há vários milénios. Desde então, a guerra de guerrilha evoluiu de acordo com as necessidades dos diferentes contextos históricos. O modelo de Guerra Híbrida da China é o ponto culminante atual de teorias antigas, clássicas e modernas sobre guerras indiretas e movimentos de guerrilha, orquestrados pelo brilhantismo estratégico do Mestre Sunzi, T.E. Lawrence e Mao Tse-Tung. Se alguém considerasse guerras indiretas como as guerras do futuro, então a Arte da Guerra de Sun Tzu teria atingido seu expoente máximo na 2ª metade do séc. XX, tendo em conta que os ensinamentos presentes nesta obra ajudaram a desenhar os múltiplos novos contornos da geopolítica moderna. Cultivar uma compreensão profunda do inimigo e da sua estratégia é, e sempre será um pré-requisito para a vitória. Ainda assim, a China reconheceu atempadamente que o conhecimento ou a superioridade militar por si só não garantiriam a vitória na guerra. Hoje, “vencer” significa instrumentalizar o ambiente das informações, compreender a mecânica do(s) centro(s) de gravidade do adversário, explorar as fraquezas, aproveitando as condições do espaço de batalha, sempre evitando combates decisivos.
Ensaio
O que ‘China na África’ ensina sobre a democracia nos países em desenvolvimento

Pamela Machado
Aluna de MA, IEP-UCP; Investigadora CIEP
De forma generalizada, as conclusões apontam para a forte interdependência econômica entre China e África.
Durante o último ano, estive a estudar a fundo relações Sino-Africanas no contexto dos países lusófonos, e minha busca por entender a crescente influência chinesa na África tem sido um exercício muito produtivo para pensar sobre o estado da democracia para além do ocidente, principalmente no mundo em desenvolvimento. Consequentemente, também me fez pensar sobre o que é necessário ser feito para garantir o desenvolvimento democrático em partes do mundo onde presença de pobreza, corrupção, violência e outras mazelas fazem que as realidades política e socioeconômica não possam ser desvinculadas.
Ensaio
200 anos da morte de Napoleão Bonaparte (15 Agosto 1769 - 5 Maio 1821)

Pedro S.F. de Avillez
Historiador; Fundador da Editora Tribuna da História
Todos os seus atos foram recolhidos, analisados e discutidos. Todas as suas alegadas palavras também.
Explicar o momento histórico vivido com ‘a Época Napoleónica’é uma tarefa bem difícil pela asfixiante bibliografia a estudar. No princípio do século XX Jacques Bainville dizia que uma boa biblioteca napoleónica deveria ter uns 10.000 livros, mas já a Napoleonischen Zeiltalters de Kircheisen em Berlim referia mais de 100.000 obras em 1908. Jean Tulard, o reputado historiador de Napoleão neste século XXI, diz que serão agora mais de 200.000 títulos! De facto, depois de Jesus Cristo, nenhuma figura Histórica foi mais abordada em literatura em biografia, ou trabalhos de História, que a pessoa, a vida e as obras de Napoleão Bonaparte! Para o bem, e para o mal...
Ensaio
Desafios da Diplomacia no Século XXI

Luís de Almeida Sampaio
Embaixador de Portugal em Praga
Muitos dos desafios com que nos confrontamos hoje, uns mais complexos do que outros, são temporalmente transversais.
Refletir sobre os “Desafios da Diplomacia no Século XXI” não é tarefa evidente, mesmo que essa reflexão assuma uma forma necessariamente aproximativa, consequência das limitações de um texto como este que procurou apenas servir de guião para a conferência que tive o privilégio de proferir no Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa, no passado dia 18 de maio, no âmbito da disciplina “Política Externa e Diplomacia” in memoriam do Embaixador Costa Lobo.
Não é tarefa evidente em especial por duas ordens de razões.
Open Day IEP - Cimeira das Democracias
Cimeira das Democracias 2021

Beatriz Vieira
Aluna finalista IEP-UCP; Presidente (cessante) da A.A.I.E.P.
Vontade de debater, vontade de falar, vontade de contrariar.
A Cimeira das Democracias foi o meu primeiro contacto com o IEP da UCP. Na edição de 2018, inscrevi-me neste evento por ser uma aluna do Secundário e estar na altura da importante decisão de qual o curso e universidade escolher para continuar os meus estudos. Decidi experienciar o dia aberto do prestigiado IEP, sem saber que essa decisão iria mudar tudo para mim. No dia 19 de abril, quando vi o edifício pela primeira vez, senti o meu coração nas mãos - era tudo tão diferente, não conhecia ninguém, estava ansiosa e esperançosa. No entanto, quando entrei pelas portas do edifício, a caminho do Auditório Cardeal Medeiros, soube que estava em casa. Fui recebida de braços abertos por todos que se mostraram disponíveis para esclarecer todas as dúvidas que tinha. A AAIEP recebeu-me e foi o meu guia académico neste dia. Tive o prazer de assistir a uma aula aberta e a de ouvir as palavras do Diretor do IEP - Prof. Dr. João Carlos Espada sobre a Licenciatura que escolhi. Neste dia conheci a minha casa e a minha futura família académica.